01 de Novembro de 2024
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Usuários reclamam de queda da internet fixa da Claro e da Vivo

Foto: Agência Brasil
Postado em: 05/05/2020

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Ivan Martínez-Vargas, FOLHAPRESS

Usuários da Claro e da Vivo relataram instabilidade e quedas de sinal de banda larga entre a manhã e a tarde desta segunda-feira (4).


O serviço de internet residencial da Claro é o que teve o maior número de reclamações e afetou cidades como São Paulo, Campinas, Guarulhos, Rio, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Manaus, de acordo com o site Down Detector, que mapeia falhas na prestação do serviço.


O pico de problemas foi relatado às 14h15, quando o site contabilizou 1.208 falhas.


Na Vivo, os problemas se iniciaram às 2h30, com 1.800 relatos, segundo o Down Detector, com focos de intermitência nas mesmas cidades em que foram registradas ocorrências da Claro. O número de queixas voltou a subir no início da tarde: foram 149 às 14h15.


Procurada, a Claro afirmou em nota que o serviço já operava normalmente. "Em razão de uma instabilidade técnica na rede, alguns clientes da cidade de São Paulo podem ter enfrentado dificuldade de conexão no início da tarde, mas o sinal foi restabelecido."


A Vivo afirma que não encontrou irregularidades em sua rede e que orienta seus clientes a entrar em contato pelo número *8486 (para celulares) e 10315 (para números fixos), ou pelo site www.vivo.com.br, quando identificar problemas na rede.


Com o isolamento social realizado para conter a pandemia de coronavírus, o uso de serviços de streaming de áudio e vídeo e as chamadas por videoconferência têm crescido.


Reportagem da Folha de S. Paulo mostrou que operadores não se prepararam para um pico de demanda do tipo, que parecia improvável antes da quarentena, quando as pessoas não usavam a totalidade da banda contratada.


Apesar de ser comumente atribuído a serviços de streaming e ao YouTube, a novidade do cenário de confinamento é a enxurrada de chamadas de voz no celular ou videoconferências, como as feitas pelo Zoom ou pelo Skype.


O tráfego desse tipo de conteúdo passa por redes chamadas ponto a ponto (P2P), que dependem mais da infraestrutura como geral do que a transmissão de conteúdos da Netflix ou do YouTube.


Uma videochamada de WhatsApp de São Paulo ao interior do Sul, por exemplo, sai da operadora, vai ao ponto de troca de tráfego, ao operador de backbone (infraestrutura que suporta transmissão por fibras óticas entre servidores a longa distância) e, por fim, ao provedor local.


Já um vídeo do Netflix ou do YouTube sai de um CDN, que é como um banco de dados que armazena réplicas de arquivos (como filmes) alocado em diversos servidores brasileiros, o que permite uma distribuição mais linear e curta.

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