A Urbes - Trânsito e Transportes, empresa pública que passou a realizar a manutenção da rodoviária de Sorocaba, arrecadou, nos primeiros seis meses de atuação no local, mais de R$ 1 milhão com as taxas de embarque no estabelecimento.
A informação foi transmitida em resposta a requerimento do vereador Péricles Régis (MDB), que passou a cobrar que o lucro fosse revertido em benefícios estruturais aos usuários da rodoviária. “Comerciantes e frequentadores afirmam que há anos não há uma intervenção de grande porte sequer. Esse dinheiro tem que garantir condições dignas para a população no atual prédio, até que um novo local seja viabilizado”.
Atualmente, a rodoviária, conforme o parlamentar, "é a imagem do abandono". O assunto foi trazido à tona nas últimas semanas depois que a Urbes alterou os sentidos de diversas ruas em seu entorno, gerando "reclamações de muitos munícipes".
A principal queixa, no entanto, está relacionada ao estado de conservação do terminal, que se tornou ponto de concentração de pessoas em situação de rua e dependentes químicos, além de sujo, mal iluminado e repleto de infiltrações. “A rodoviária é um elefante branco esquecido no centro da cidade. Foi construída na década de 1970 quando Sorocaba tinha menos de 200 mil moradores. A cidade praticamente quadruplicou e temos a mesma estrutura atendendo à população e aos visitantes”, ressalta Péricles, que questiona os planos para o futuro da rodoviária.
A Urbes chegou a informar o vereador que estava preparando um projeto para a construção da nova rodoviária na área da Gerdal, nas imediações da rua Padre Madureira, já que duas licitações abertas em governos anteriores teriam sido “desertas”, ou seja, sem empresas interessadas.
Em novo requerimento, Péricles tornou a questionar a Urbes a respeito da conclusão do estudo de viabilidade da obra e, caso ele tenha apontado pela possibilidade de construção, perguntou quando será feito o lançamento do edital e início da obra. “O governo chegou a anunciar a entrega da nova rodoviária para 2019 e ela não foi sequer iniciada. Parece que se criam notícias falsas para se colher os louros com a população, sem que se haja uma intenção real de se viabilizar tais obras”, conclui o parlamentar.