A Secretaria da Saúde (SES) divulgou nesta segunda-feira (9) o Boletim Epidemiológico número 6. O documento elaborado e emitido pela Vigilância em Saúde do município traz dados referentes aos casos de arboviroses (dengue, chikungunya, zika e febre amarela) e Coronavírus. Sorocaba já soma 643 casos confirmados de dengue e passou de três casos suspeitos para cinco de Coronavírus.
De acordo com a SES, Sorocaba registrou 643 casos confirmados de dengue (551 autóctones, 73 importados e 19 indeterminados), 7 de chikungunya (5 autóctones e 2 importados). Nenhum caso de zika e febre amarela foi registrado. No Boletim anterior, divulgado no dia 2 de março, haviam 494 casos confirmados de dengue.
A taxa de confirmação entre os suspeitos é de 16,8%. Foi isolado o sorotipo DENV2 em um dos casos confirmados de 2020, o mesmo que circulou em 2019. As áreas com maior número de casos de casos estão na região Oeste do município, em especial em bairros da área de abrangência das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Rodrigo e São Bento.
Trabalho de combate à dengue
Com a ampla intensificação ao combate à dengue, a SES, por meio da Divisão de Zoonoses, removeu 120.460 kg de criadouros do mosquito Aedes aegypti nos meses de janeiro e fevereiro. No mesmo período, 50.712 imóveis foram visitados ao redor de casos positivos de dengue. Os trabalhos são realizados todos os dias, de segunda a domingo.
De acordo com a Zoonoses, apesar do trabalho de “arrastão” com três caminhões na retirada de criadouros (recipientes que acumulam água), o setor percebeu que há uma reposição rápida de recipientes nos bairros Parque São Bento, Nova Sorocaba e, também, em alguns pontos das regiões Norte e Oeste.
“Frequentemente fazemos as atividades de arrastão nestes locais e dias depois já vemos, novamente, as áreas com materiais que podem se tornar criadouros do mosquito. Precisamos da consciência e colaboração da população para que o mosquito não ganhe essa guerra”, alerta a coordenadora da Zoonoses, Thais Buti.
Dos mais de 50 mil imóveis visitados, 5.744 receberam nebulização e 14.584 precisaram da aplicação de larvicida, um produto que mata a larva do mosquito. Outros 5.454 criadouros foram tratados, no momento da visita, com sabão em pó ou detergente, que são produtos alternativos para matar as larvas do mosquito.
Durante as vistorias deste ano, 1.364 recipientes foram encontrados com larvas de mosquitos nos imóveis dos munícipes. Outros 7.430 recipientes estavam com água parada e poderiam servir de criadouro para o mosquito da dengue.
Ainda segundo a Zoonoses, 23 imóveis com larvas de mosquito foram identificados no entorno de casos positivos de dengue no Wanel Ville. Outros 41 imóveis com larvas do mosquito foram encontrados nas redondezas de casos positivos da doença no Nova Sorocaba. Já no Jardim Califórnia, 22 casas tinham larvas, além de 25 residências no Ipiranga e 41 moradias na Vila Helena.
De acordo com Thais Buti, a situação é preocupante e falta conscientização. “Encontramos muitas larvas em residências de pessoas que já estavam com a doença. Mesmo a pessoa sabendo da confirmação da dengue, os criadouros com larvas continuam em sua casa. Essa situação só ajuda na infestação da dengue em toda a cidade”, ressalta.
Casos suspeitos de Coronavírus
Atualmente, Sorocaba possui cinco casos suspeitos de Coronavírus (COVID-19). Tratam-se de cinco moradores de Sorocaba, sendo um do sexo feminino de 59 anos e um masculino de 36 anos, ambos com histórico de contato com paciente suspeito da doença. O terceiro suspeito, também masculino de 36 anos, tem histórico de viagem para a Espanha. Outras duas mulheres, uma de 36 anos e outra de 62, possuem relato de viagem a vários países da Europa. Todos apresentaram febre acompanhada de sintomas respiratórios leves.
Ainda não há previsão do resultado, mas assim que concluído, será divulgado a toda imprensa. Vale ressaltar que os suspeitos serão monitorados diariamente pela Vigilância Epidemiológica até o resultado dos exames.
A Vigilância Epidemiológica Municipal elaborou Fluxo de Atendimento para casos suspeitos de COVID-19, nomenclatura utilizada aos casos de doença respiratória causadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-19) identificado na China em 2019, seguindo normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde e pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de SP (CVE-SP). Todas as unidades de atendimento à saúde receberam o documento, com orientação de como proceder frente aos casos suspeitos.
Neste momento são considerados como suspeitos pacientes procedentes de países com transmissão local estabelecida que apresentem febre e sintomas respiratórios em até 14 dias após o retorno. Familiares ou pessoas com contato próximo aos casos suspeitos e que apresentem febre e sintomas respiratórios deverão também ser notificados e testados para o SARS-CoV-19.
Os suspeitos foram atendidos em Unidades de Pronto Atendimento e hospitais de Sorocaba, locais onde foram respeitados todos os critérios de higiene/etiqueta respiratória.
Os cinco encontram-se bem e mantidos em isolamento domiciliar. As amostras para exames já foram coletadas e enviadas ao Instituto Adolf Lutz (IAL). As famílias dos pacientes foram orientadas sobre as medidas preventivas de contato.