19 de Abril de 2024
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São Paulo espera receber doses de Pfizer do Ministério da Saúde em até 48 horas

Postado em: 09/08/2021

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Ana Bottallo, FOLHAPRESS


O secretário estadual da saúde de São Paulo Jean Gorinchteyn afirmou nesta segunda-feira (9) esperar que as 228 mil doses da vacina da Pfizer que o estado aguarda sejam entregues em no máximo 48 horas.


Segundo o secretário, o Ministério da Saúde argumenta que haveria uma dívida de doses do governo de SP ao PNI (Programa Nacional de Imunizações), mas essa dívida não existe. "Estive o final de semana inteiro em Brasília em tratativas com o ministro e os secretários-executivos do Ministério para solucionar esse problema. Esperamos que em no máximo 48 horas esse problema seja resolvido e as 228 mil doses restantes sejam entregues", disse o secretário.


Na última semana, o governo de SP pediu uma investigação pelo Ministério Público de SP (federal) sobre uma entrega menor do que o combinado de doses da Pfizer ao estado de São Paulo. Enquanto eram esperadas cerca de 556 mil doses do imunizante, SP recebeu apenas metade disso.


Após críticas do governador João Doria, o ministro da saúde Marcelo Queiroga negou que tenha havido prejuízo e disse no último domingo (8) que houve divergência de cálculo entre a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo e o Ministério da Saúde, uma vez que o Instituto Butantan faz a entrega de doses diretamente ao governo paulista.


Para Regiane de Paula, coordenadora do Programa Estadual de Imunização, a antecipação das vacinas da Pfizer ou da AstraZeneca dependem de mais doses entregues pela pasta federal. "Nesse momento, a prioridade é completar esquema vacinal com primeira e segunda dose dos grupos já contemplados. Se recebermos mais vacinas, e vale ressaltar que o estado de São Paulo e seus 645 municípios têm capacidade de receber e distribuir doses em apenas 24 h e vacinar mais de 1 milhão de pessoas por dia, podemos pensar em antecipar. Porém, precisamos dessas doses", completou.


O governo de São Paulo e o Instituto Butantan entregaram um novo lote de dois milhões de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde na manhã desta segunda-feira (9), chegando assim a um total de 66,85 milhões de doses destinadas à campanha de vacinação nacional contra Covid-19.


O quantitativo se aproxima a 70% do total de 100 milhões de doses que faz parte do acordo do instituto com a pasta. A previsão é de completar os 100 milhões até o final de agosto, um mês antes do previsto inicialmente, mas o otimismo do governo de entregar cerca de 23 milhões de doses nas próximas três semanas pode ir por água abaixo se não houver a chegada de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) do exterior.


As doses serão encaminhadas ao PNI (Programa Nacional de Imunizações), para serem distribuídas proporcionalmente aos estados.


O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acompanhou a entrega ao lado do secretário estadual da saúde, Jean Gorinchteyn, Regiane de Paula, coordenadora do Programa Estadual de Imunizações (PEI) e Reinaldo Noburu Sato, superintendente da Fundação Butantan em uma entrevista para jornalistas na manhã desta segunda.


A entrega é a segunda realizada desde o início do mês de agosto. Segundo Reinaldo Sato, está prevista para o próximo dia 18 a chegada de um novo lote de 4.000 litros de IFA, para a produção de mais 6 milhões de doses.


Além da Coronavac, o país conta hoje com outros três imunizantes: a vacina da AstraZeneca/Oxford, produzida na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, a americana-alemã Pfizer/BioNTech e a belga-americana Janssen.


Até o último domingo (8), a vacinação contra Covid-19 no Brasil já atingiu 69% da população adulta com duas doses ou com a vacina de dose única, e cerca de 28% da população com mais de 18 anos com apenas uma dose.


Segundo especialistas, a variante delta do coronavírus, mais contagiosa e com potencial de escapar da resposta imune com apenas uma dose, acende um alerta para que as medidas sanitárias não-farmacológicas, como distanciamento social e uso de máscaras, não sejam abandonadas. Avançar na vacinação, principalmente completa com duas doses, também é importante.


Em São Paulo, pela primeira vez em 2021 o número de novos internados com Covid no estado foi abaixo de mil no último sábado (7). O feito, de acordo com os médicos e especialistas, é em muito devido ao avanço da vacinação. Em todo o estado, pelo menos 83% das pessoas com idade acima de 18 anos receberam ao menos uma dose da vacina, ou cerca de 64% da população total. Entretanto, apenas 24% da população já recebeu as duas doses do imunizante.

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