05 de Maio de 2024
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“Sem anistia”: manifestação em SP pede responsabilização de golpistas

Foto: Agência Brasil
Postado em: 10/01/2023

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Em defesa da democracia e contra atos antidemocráticos ocorridos nesse domingo (8) em Brasília, movimentos populares ocuparam no começo da noite de ontem (9) a Avenida Paulista, em São Paulo. Eles pediram a punição dos invasores das sedes dos Três Poderes da República -- Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).

 

 

As informações são da Agência Brasil.

 

 

A principal frase de ordem ouvida no protesto era “sem anistia”, em referência à responsabilização dos que promoveram, incentivaram ou financiaram os atos na capital federal. Natália Szermeta, da coordenação nacional do Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e presidente da Fundação Lauro Campos, avaliou como “necessárias e contundentes” as medidas adotadas até o momento pelos representantes dos Três Poderes. Os manifestantes também pedem a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

 

 

“Mais do que as respostas institucionais, o povo brasileiro, que elegeu Lula, precisa ir às ruas, se manifestar e garantir uma democracia viva e que respeite a liberdade de expressão das pessoas, sejam individualmente ou politicamente, seja de crítica ou de apoio ao governo, mas dentro do que é permitido na democracia brasileira”, disse à Agência Brasil.

 

 

As ações terroristas em Brasília levaram à depredação do patrimônio público e destruição de peças de incalculável valor cultural e histórico. Os participantes do ato na capital federal não aceitam o resultado das eleições de outubro, que conferiu a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e pedem um golpe militar no país. Muitos deles estavam acampados desde o ano passado em frente a quartéis do Exército.

 

 

Os professores Flávio Batista, 41 anos, e Jussara Batista, 40 anos, foram à Avenida Paulista com as duas filhas adolescentes e a sobrinha. “Precisamos nos posicionar sobre o absurdo que aconteceu ontem, mostrar que a maior parte da sociedade não é a favor daquilo. E mostrar para elas, que são jovens, para entender o valor do Estado Democrático de Direito”, disse Flávio.

 

 

Jussara é professora de História e diz não entender como é possível defender um estado ditatorial. “É importante dar referência para os adolescentes. Tudo o que vivemos na ditadura militar aqui no Brasil. Foi tanta luta para a conquista da democracia e ver movimentos que afrontam esse direito, de liberdade, de opinião, de participação política. Foi uma luta árdua e temos que continuar lutando.” 

 

 

Entre os participantes do ato, estavam a liderança indígena Sônia Ara Mirim, da Terra Indígena Jaraguá, na capital paulista. “Hoje era a posse de Sônia Guajajara, nossa ministra dos Povos Originários e infelizmente aconteceu tudo isso em Brasília. Estar aqui é uma forma de representar esses povos que foram massacrados pelo antigo governo [de Jair Bolsonaro]”, declarou.

 

 

Também participam da manifestação representantes de organizações e partidos políticos, parlamentares, movimentos sem-terra, de mulheres, da população negra, estudantil, entre outros.

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