Camila Mattoso, FOLHAPRESS
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, esteve na manhã desta quarta-feira (19) na superintendência da Polícia Federal em Brasília.
A PF na capital federal é quem conduz a operação Akuanduba, que fez buscas no Ministério do Meio Ambiente e em endereços do próprio ministro.
A suspeita da PF é sobre possíveis desvios de conduta de servidores públicos da pasta e do Ibama durante o processo de exportação de madeira.
Salles chegou ao prédio da PF, localizado no setor policial sul, por volta das 08h00, acompanhado de um assessor armado, que é um militar da reserva.
Policiais relataram ao Painel que o ministro cobrou explicações sobre o inquérito e quis falar com o superintendente.
Salles foi recebido pelo chefe do órgão e informado que o caso estava sob sigilo e é de responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Segundo informações de pessoas próximas ao ministro do Meio Ambiente, o assessor armado é um militar da reserva que faz a segurança dele por causa de ameaças que teria recebido.
Em curta entrevista, após participar de um evento em Brasília, Salles chamou a operação de exagerada.
Ele afirma que ainda não teve acesso aos autos e, por isso, sabe pouco sobre a apuração, mas diz acreditar que o ministro Alexandre de Moraes foi induzido ao erro.