25 de Abril de 2024
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Quem ameaça urnas só defende interesse próprio, diz Fachin em recado a Bolsonaro

Postado em: 02/08/2022

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Mateus Vargas, FOLHAPRESS


O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Edson Fachin, disse nesta segunda-feira (1º) que quem ameaça não aceitar o resultado das eleições está defendendo apenas interesses próprios.


A declaração ocorre após diversos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas. Fachin, porém, não citou o nome do mandatário.


"Quem vocifera não aceitar resultado diverso da vitória não está defendendo a auditoria das urnas eletrônicas e do processo de votação", disse o presidente do TSE.


"Está defendendo apenas o interesse próprio de não ser responsabilizado pelas inerentes condutas ou pela inaptidão de ser votado pela maioria da população brasileira", afirmou ainda Fachin.


Fachin discursou durante a primeira sessão do tribunal no segundo semestre de 2022. A partir do dia 16 o TSE será comando pelo ministro Alexandre de Moraes.


"Desqualificar a segurança das urnas eletrônicas tem um único objetivo: tirar dos brasileiros a certeza de que seu voto é válido e sua vontade foi respeitada. Isso é especialmente verdadeiro em relação aos cidadãos mais pobres, com maior dificuldade de escrever", afirmou Fachin.


Bolsonaro tem repetido teorias da conspiração sobre as urnas para tentar deslegitimar o processo eleitoral, ainda faz ataques a ministros do STF e TSE, além de insinuações golpistas.


No sábado (20), o chefe do Executivo indicou que deseja misturar os desfiles de 7 de Setembro no Rio de Janeiro a manifestações em defesa de sua candidatura à reeleição. Em outras ocasiões, o presidente havia dito que usará estes atos para mostrar que tem apoio popular e pressionar o Judiciário.


"Queremos inovar no Rio. Pela primeira vez, as nossas Forças Armadas e a as forças auxiliares estarão desfilando na praia de Copacabana", disse Bolsonaro.

 

No discurso desta segunda-feira (1º), Fachin disse que o sistema eleitoral brasileiro é "seguro e confiável".


"A opção pela adesão cega à desinformação que prega contra a segurança e auditabilidade das urnas eletrônicas e dos processos eletrônicos de totalização de votos é a rejeição do diálogo e se revela antidemocrática", declarou o presidente do TSE.


O ministro ainda pediu para eleitores não cederem a discursos "que apenas querem espalhar notícias falsas e violência".


Na mesma sessão do TSE, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que o Ministério Público está acompanhando "todos os movimentos em busca do fortalecimento do ambiente democrático".


Aras disse ter "certeza" que "chegaremos a um bom termo" sobre os atos de 7 de Setembro. "Como tivemos em 2021, em que pudemos comemorar a maior data cívica brasileira, que anda de mãos dadas com o dia das eleições", disse o procurador-geral.


O feriado no ano anterior ficou marcado pelas manifestações de raiz golpista promovidas por Bolsonaro.


"Queremos contribuir para que o processo eleitoral se realize com paz", disse ainda Aras.

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