Sorocaba/ Política cultural – Com a retomada total ou parcial das atividades, impactadas pela pandemia, é preciso saber qual o plano de ação para a recuperação das Artes e da Cultura no município de Sorocaba?
O que se tem notícias é que aos poucos os ambientes culturais e artísticos estão retomando as atividades. Museus e bibliotecas estão reabrindo as portas, comunicando os horários de retomada ao atendimento e dois editais de prêmios foram abertos à população. Alguns espaços culturais privados da cidade, também, reabriram as portas. Assim como alguns espetáculos, shows e exposições foram retomados.
Entretanto, não há registro no portal da prefeitura (ou na página da Secretaria da Cultura) de um plano de ação (gestão) do governo com incrementos e propostas a curto, médio e longo prazo para a recuperação do setor da economia criativa sorocabana. É necessário e urgente que se apresente o plano de ação em sintonia com o Plano Municipal de Cultura.
Sem uma proposta organizada a sociedade civil e os trabalhadores da Cultura não poderão saber qual é a política do governo em relação as Culturas e Artes no município de Sorocaba. Uma vez que, para além das declarações, das fotos e promessas de projetos com apoio da iniciativa privada, o orçamento destinado na LOA para Cultura não demonstra a importância deste segmento para o governo Manga. (Em termos gerais é o pior orçamento destinado à Cultura nos últimos 5 anos.)
Soma-se a esta informação o fato que o governo do prefeito Manga, ainda, retirou verbas do orçamento vigente de 2021 destinado à Cultura, remanejando-as para outros projetos. Deixando a Secretaria da Cultura sem condições de trabalho e para realizar reformas, reparos, projetos culturais, aquisição de equipamentos, a LINC, etc. Um cenário nada fácil para o atual secretário da Cultura.
Enfim, é preciso de investimentos na cultura, nas artes, no patrimônio e economia criativa. Não há cidade desenvolvida no mundo contemporâneo sem o desenvolvimento artístico e cultural fortes. Exemplos não faltam.
Segue a informação abaixo do DECRETO Nº 26.124, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2021.
José Simões é professor e crítico teatral