Cida Muniz
O projeto do Executivo que cria cinco cargos em comissão de Coordenador Especial no Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) para comissionados, não foi votado na sessão desta terça-feira da Câmara Municipal de Sorocaba, em razão da apresentação de uma emenda.
Após muita discussão, o projeto recebeu uma emenda para que os cargos sejam ocupados por comissionados. A questão é que foram extintos nove cargos no Saae, sendo 5 de nível superior e 4 de nível médio.
Os vereadores da oposição questionaram o motivo de agora o Saae precisar de mais cargos de coordenadores, o que não seria necessário. O vereador José Francisco Martinez (PSDB), que presidia a sessão, chegou a pedir para o projeto ser retirado, visando que o Ministério Público fosse consultado se os cargos estão dentro da legalidade.
O vereador Anselmo Neto (PSDB), destacou que somente o líder do governo, vereador Irineu Toledo (PRB), poderia pedir a retirada do projeto, de acordo com o regimento.
Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, o impacto financeiro da criação desses cargos, neste ano de 2018, será de R$ 429.045,16. Para o próximo ano, o impacto será de R$ 883.833,04 e, para 2020, será de R$ 928.024,69.
O vereador Irineu pediu que o diretor do Saae, Ronald Pereira da Silva, ocupasse a tribuna para explicar o projeto, o que de início não foi aceito. Posteriormente ele tentou explicar a importância da criação dos cargos para o bom funcionamento da autarquia.
Não foi informado qual a economia está acontecendo com a extinção dos outros nove cargos. O vereador Francisco França (PT) afirmou que a emenda foi apresentada em razão da “arrogância” de alguns vereadores ao defenderem o projeto.
O diretor do Saae iria conceder entrevista à reportagem, mas saiu sem dar explicações e um assessor de Ronald informou, posteriormente, que ele foi chamado ao Paço Municipal, portanto não concedeu entrevista ao Sistema Ipanema de Comunicação.