22 de Janeiro de 2025
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Prefeita visita obra atrasada da ETA Vitória Régia, que deveria ter sido entregue em fevereiro

Agência Sorocaba
Postado em: 05/08/2020

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A prefeita Jaqueline Coutinho (PSL) visitou nesta quarta-feira (05) as obras da nova Estação de Tratamento de Água (ETA) do Parque Vitória Régia, para constatar a evolução do empreendimento, localizado na avenida Antônio Silva Saladino, zona norte da cidade. Em comunicado enviado à imprensa, a administração municipal aponta que até o final deste ano a cidade terá "um novo diferencial em seu sistema de distribuição de água, com a entrada em operação do novo Sistema Produtor de Água Tratada, cujas obras estão em sua reta final, com a montagem dos equipamentos em todas as suas unidades, após a conclusão da etapa civil".

A obra, porém, já ultrapassa os 6 meses de atraso na inauguração prevista e anunciada pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) em agosto de 2018, quando comemorava o índice de 50% da obra civil concluída. Em nota publicada em 28 de agosto daquele ano, o Saae divulgou que "o início das atividades do novo sistema produtor está previsto para daqui um ano e meio, em fevereiro de 2020. A obra é dividida em duas fases. A primeira fase, a da construção civil, corresponde a 40% de toda a ETA. A segunda fase, relativa aos equipamentos, como montagem de tubulações, dispositivos mecânicos e instalações elétricas representa 60% de toda a obra. Em relação ao todo, a implantação da ETA Vitória Régia encontra-se em 18,5%", explicou a nota.

Hoje Jaqueline esteve acompanhada do diretor-geral do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Sorocaba, engenheiro Mauri Gião Pongitor, engenheiros e diretores da autarquia, além do secretário de Comunicação, Marcelo Andrade, a prefeita percorreu todas as frentes de trabalho da obra, incluindo a estrutura de captação de água bruta no rio Sorocaba; bloco hidráulico; subestação de energia elétrica (geradores e painéis de controle); prédio de dosagem dos produtos químicos; unidade de oxidação intermediária (produção de ozônio); reservatório de água de 7,5 milhões de litros e estação elevatória de água tratada.

“Esse é uma obra da Prefeitura e do Saae que em poucos meses vai se constituir num diferencial no processo de captação, adução, tratamento e distribuição de água em nossa cidade. É uma Estação de Tratamento moderna, toda automatizada, e que possui como característica inédita a captação de água bruta diretamente no rio Sorocaba e o processo de tratamento a base de ozônio, um produto altamente desinfetante e que vai garantir água de qualidade para a zona norte e o restante da cidade, pois a nova ETA Vitória Régia estará interligada ao sistema já existente”, destaca Jaqueline Coutinho, que lançou a pedra fundamental da obra, em setembro de 2017, durante seu primeiro mandato.

Em sua explanação sobre o desenvolvimento da obra, o diretor-geral da autarquia destacou à prefeita que a captação, adução, tratamento e distribuição de água a partir do rio Sorocaba somente se tornou possível com a execução do complexo de obras do Programa de Despoluição, que basicamente se constitui na coleta, afastamento, bombeamento e tratamento de todo o esgoto gerado na cidade, e que entes era despejado diretamente nos leitos dos córregos e do rio.

“Com o Programa de Despoluição do Rio Sorocaba conseguimos recuperar as suas águas num espaço de tempo menor que o inicialmente previsto, e essa realidade podemos constatar, entre outros indicadores, com a elevação dos níveis de oxigenação de suas águas e o consequente retorno do seu ecossistema, com o repovoamento de peixes, aves e animais aquáticos. Esse é um trabalho que exige dedicação, manutenções diárias e obras constantes, como a ampliação das Estações de Tratamento de Esgoto S-1 e Pitico, cujas obras estão em pleno desenvolvimento”, detalha Mauri Pongitor.

Interligações de 10 quilômetros

Para tornar possível a interligação da nova ETA Vitória Régia à infraestrutura já instalada, o que vai permitir levar água tratada não apenas à zona norte, mas também ao restante da cidade, o Saae/Sorocaba está executando obras paralelas, que consistem na implantação de novas adutoras, que possibilitarão aduzir a água produzida na nova unidade para cinco Centros de Distribuição já existentes, que farão a distribuirão aos bairros, inclusive para as regiões do Éden e Cajuru, que fazem parte do sistema da ETA Éden, e que se torna vulnerável em períodos longos de estiagem, temperaturas altas e aumento do consumo, como consequência das limitações da represa do Ferraz.

“São exatamente 10,5 quilômetros de novas adutoras que estão sendo instaladas, dos quais já concluímos 9,3 quilômetros, o que vai nos possibilitar a interconexão da ETA Vitória Régia à estrutura já instalada. A prioridade da nova estação é a zona norte, região da cidade com maior densidade populacional, mas em circunstâncias emergenciais, poderemos distribuir a água tratada pela nova unidade a outras regiões da cidade, que porventura tenhamos dificuldades momentâneas para suprir”, explica o diretor-geral da autarquia.

Estrutura de captação

Numa das etapas da visita realizada às obras, a prefeita Jaqueline Coutinho conheceu a estrutura de captação de água bruta, que está localizada às margens do rio Sorocaba, e que já está finalizada. São quatro adutoras de 800 milímetros que captarão a água, passando na sequência por uma unidade de pré-tratamento, com permanganato de potássio, e que a partir desse momento se juntam numa só adutora de 900 milímetros de diâmetro, se estendendo por 3,5 quilômetros, até chegar à ETA Vitória Régia para o tratamento, que em suas diversas etapas receberá cloro, ozônio, flúor, policloreto de alumínio, cal e flúor.

Alternativa às adutoras

“O novo Sistema Produtor de Água Tratada/ETA Vitória Régia é uma conquista dos sorocabanos, pois passarão a contar com maior volume de água de qualidade para a distribuição, como resultado de um trabalho sério e de comprometimento desenvolvido pelo Saae, além de se constituir numa importante alternativa às adutoras que trazem água da represa de Itupararanga, e que devido aos terrenos acidentados pelos quais percorrem já sofreram rompimentos e deixaram a população sem água por alguns dias, como nas ocorrências de 2004 e 2006”, lembra a prefeita.

R$ 78 milhões e 750 litros por segundo

Ocupando uma área de 166 mil metros quadrados, a ETA Vitória Régia terá capacidade para produzir 750 litros de água tratada por segundo, com possibilidade de duplicar esse volume numa segunda etapa.

São R$ 78 milhões de investimento por parte da Prefeitura e do Saae, provenientes de financiamento de R$ 48 milhões e contrapartida também financiada de R$ 22 milhões, por meio do Programa Saneamento para Todos e CPAC, do Governo Federal/Caixa Econômica, além de recursos próprios de R$ 8 milhões.

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