A Polícia Civil anunciou, na manhã de sexta-feira (29), que pediu à Justiça a prisão de uma mulher de 38 anos, considerada a autora da postagem que ameaçou cometer um ataque violento à escola do Sesi, em Sorocaba.
A mensagem foi postada no Facebook e assustou os pais de alunos e a diretoria da escola, até mesmo causando a suspensão temporária das aulas na unidade. De acordo com a delegada-titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Luciane Bachir, K.C.C, mãe de aluno, utilizou o perfil fake com nome de Guto Taucci (mesmo sobrenome de Guilherme Taucci, um dos autores do massacre da escola de Suzano). A conta utilizada para a publicação foi excluída.
À Polícia Civil, a delegada disse que K. nega ser a autora da postagem e até mesmo tentou culpar um adolescente de 14 anos e o próprio enteado [que não tem relação com os posts] pelo conteúdo publicado na internet. “Ela foi ouvida. É uma pessoa com comportamento difícil da gente conseguir conversar. É importante salientar que tudo o que fizemos resultou no pedido da prisão dela e foi encaminhado ao judiciário”, esclareceu. “Ela nega. Inclusive, continua postando nas redes sociais pedindo para que seja encontrada a pessoa que cometeu as ameaças”.
Na casa da suspeita a polícia deu cumprimento de mandado de busca em aparelhos, como computadores, por exemplo.
A investigação direcionou, num primeiro momento, para um adolescente de 14 anos. Entretanto, durante a apuração do caso, Luciane disse que foi comprovado que a mãe foi a idealizadora e autora do post.
K. chegou a ir à delegacia para, assim como outros pais preocupados, registrar boletim de ocorrência denunciando a publicação que ameaçava o massacre. Mesmo após ter sido ouvida pela polícia, que alegou ter provas contundentes de a mulher ser a autora dos posts, a delegada afirma que a suspeita tem “afrontado” a investigação ao continuar postando normalmente em seus perfis de redes sociais exigindo “que encontrem a pessoa que ameaçou cometer o massacre”.
No total, três foram sido identificados como autores de três postagens, sendo uma no WhatsApp, outra no Instagram e a última, a mais repercutida, no Facebook. Dois seriam alunos que não se conheceriam.
Ainda de acordo com a delegada, não havia ameaça real de ataque. “A intenção não era levar à cabo. Não achamos nada que ligasse a crime maior, como armas, contatos com grupos extremistas. A intenção do primeiro era fazer manifesto. Do terceiro era brincar. Brincadeira de mau gosto”, disse.