Dando sequência ao cumprimento das diretrizes de descapitalização patrimonial do narcotráfico, a Polícia Federal deflagrou, nesta manhã de segunda-feira (3), a Operação "Tempestade", segunda fase da Operação "Rei do Crime", cujo objetivo é desarticular núcleo financeiro responsável pela lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e da corrupção, uma vez que ao longo da investigação, de aproximadamente um ano, foram identificados alvos antigos de operações da Polícia Federal, como a Operação Navalha, Operação Prato Feito e Operação Zelotes.
A asfixia financeira como meta de descapitalização possibilitou a identificação, localização e sequestro de valores no valor aproximado de R$ 30 milhões de reais, consubstanciado em imóveis, veículos e interdição de 6 empresas, bem como o bloqueio de valores em contas das pessoas físicas e jurídicas no limite de R$ 225.778.732,31.
Segunda informações fornecidas pelo COAF o grupo investigado realizou operações financeiras atípica superior a R$ 700 milhões.
O núcleo financeiro identificado atuava em benefício de facção criminosa e atualmente vinha desenvolvendo atividades voltadas à lavagem de dinheiro do tráfico de drogas e da corrupção, tendo como modus operandi a entrega física de valores a suspeitos de práticas ilícitas, que eram os beneficiários dos saques em espécies.
A investigação apontou ainda um esquema de abertura de empresas fictícias, que eram utilizadas como “cortina de fumaça” para a realização de depósitos de valores em uma instituição financeira de “fachada”, cujo papel no esquema era providenciar os saques dos valores e posterior entrega, em espécie, a terceiros com indícios de envolvimento em atividades ilícitas.
Além do sequestro patrimonial e bloqueio de valores, serão cumpridos 4 mandados de prisão preventiva, 1 mandado de prisão temporária, interdição judicial de 6 empresas, 22 mandados de busca e apreensão distribuídos entre São Paulo, Tietê, Guarujá, Rio de Janeiro e Brasília, além da interdição de atividade de um contador, ressaltando que as buscas são cumpridas em residências, empresas e dois escritórios de advocacia.
A investigação tramita na 6ª. Vara Criminal Federal de São Paulo, segunda fase da Operação Rei do Crime.