A Polícia Federal cumpre, nesta quarta-feira (21), cinco mandados de prisão preventiva, nove de prisão temporária, 27 de busca e apreensão e oito de sequestro e bloqueio de bens, em decorrência de investigações iniciadas em 2017, no âmbito de inquérito policial que tramita na Delegacia da PF em Sorocaba, instaurado para apuração de crimes de estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso e organização criminosa com associação para o tráfico de entorpecentes.
Também estão sendo ouvidas pessoas nos Estados do Acre, Paraná, Rio de Janeiro, Distrito Federal e outros municípios de São Paulo.
A apuração da polícia levantou que criminosos, fazendo-se passar por magistrado federal e se utilizando de documentos falsos – inclusive, cartões de crédito “clonados” de outras vítimas, compravam passagens aéreas para terceiros por rotas atípicas, em detrimento da imagem da Justiça Federal.
Em razão de outros dados obtidos, a investigação apurou a existência de organização criminosa com bases em São Paulo, Campo Grande e Cuiabá com atuação em âmbito nacional e internacional.
Há indícios de que a organização possa estar coligada e/ou ser uma célula integrante de alguma das facções criminosas conhecidas do público em geral.
Essa organização mediante procedimentos fraudulentos, também, alugava veículos e não os devolvia às locadoras, comprava passagens aéreas para pessoas cooptadas, fazia reserva de hotéis e realizava financiamentos.
Alguns dos beneficiários das passagens e locação de veículos foram presos por tráfico de entorpecentes. Vários membros da quadrilha também respondem por crimes de homicídio e tráfico de entorpecentes e há indícios de transações financeiras internacionais.
O nome da Operação “Nascostos”, significa “ocultos” no idioma italiano e faz alusão ao modus operandi utilizado pela organização criminosa para o cometimento dos estelionatos, pois, sempre se utilizavam de documentos falsos em redes sociais e sites da internet, objetivando ocultar as verdadeiras identidades de seus integrantes.