O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) concedeu entrevista nos estúdios do Jornal da Manhã da Jovem Pan Sorocaba, nesta sexta-feira (18). Durante fala, ele afirmou que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) "desapontou todo mundo", disse ser favorável à privatização da Petrobrás, que deseja ao Brasil ter um chefe do Executivo "que não atrapalhe" e quem questionar a credibilidade das urnas eletrônicas caso perca a eleição, é porque pensa em "golpe".
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"Em 2018, as pessoas acreditavam em uma mudança. Não houve. O país hoje está mal. Não há só o desmantelamento do combate à corrupção. As pessoas estão sofrendo. O país está estagnado economicamente. Não cresce, tem inflação alta e juro elevado. Esse governo [do presidente Jair Bolsonaro] desapontou todo mundo", disparou.
Durante fala, ele indicou que o Governo Bolsonaro "fracassou" na economia. "É só ver o valor do combustível, não só ele, mas vá no supermercado. Vai dizer que a culpa é da guerra? Não", respondeu ele. "Temos de fazer mudanças necessárias para fazer o Brasil voltar a crescer. O PIB hoje é inferior a 2013. Perdemos nove anos por erros de política econômicas do PT e erros desse atual governo. As pessoas dizem que tem pandemia, tem a guerra. A gente não pode achar mais nesse mundo complexo que teremos sempre um horizonte tranquilo para navegarmos.", criticou.
Instantes antes, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça do Governo Bolsonaro afirmou que deseja no governo "alguém que não atrapalhe". "Em ano eleitoral queremos escolher um bom governo. Queremos escolher um bom candidato seja no Executivo. A gente sabe que o governo não resolve o problema das pessoas. A gente quer um que não atrapalhe e um que possa ajudar em algumas coisas", disse ele. "As pessoas sabem que na vida se faz escolhas, há dedicação. "Não tem uma bala de prata".
"Não existe fórmula mágica para resolvermos os problemas no país. O que posso assegurar é o compromisso de enfrentar todos os desafios, como fizemos na Lava Jato. Planejamento dedicação e esforço, é assim que enfrentaremos os problemas no país", disse.
"A minha história provou que eu cumpro o que vou fazer. O Brasil tinha uma tradição de quem roubava nunca acontecia nada. Foi uma pressão enorme. Quando iríamos ver um Presidente da República preso? É porque cometeram crimes. Mudamos o jeito que se faziam as coisas. Encaramos o desafio", disse.
Também falou que, quem questionar a credibilidade das urnas eletrônicas caso perca a eleição, é porque pensa em "golpe". "A urna tá aí e ela que vai ser usada nessa eleição. O que acho errado é discutir urna eletrônica para contestar a eleição se perdermos. Isso sugere golpe e tentativa de deslegitimizar as eleições", afirmou.
Sobre sua ligação e apoio do MBL para concorrer às eleições presidenciais, e também o caso de Arthur Do Val, o Mamãe Falei, sobre falas sexistas em viagem à Ucrânia, o ex-juiz declarou que Do Val "deu declarações inaceitáveis". "Não aceito violência contra mulher. Tenho esposa, filha, não tenho condições de aceitar esse tipo de comportamento. Ele saiu do Podemos e MBL. O MBL está me apoiando. O deputado arthur não se confunde com o movimento", enfatizou.