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Pazuello diz que doses da vacina de Oxford e da AstraZeneca chegam ao Brasil em janeiro

Jovem Pan News
Postado em: 02/12/2020

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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o Brasil receberá cerca de 15 milhões de doses da vacina contra Covid-19 produzida pela farmacêutica britânica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford entre janeiro e fevereiro de 2021. O acordo do governo federal e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) prevê a chegada de 100 milhões de doses do imunizante ao país e a transferência total de tecnologia até junho. Com isso, o Brasil poderá produzir cerca de 110 a 160 milhões de doses da vacina de maneira autônoma no segundo semestre de 2021. Pazuello esteve presente na Comissão Mista da Covid-19 do Congresso Nacional na manhã desta quarta-feira, 2, para explicar a validade dos testes de Covid-19, mas aproveitou para explicar a compra de imunizantes, acordos e o plano de vacinação da pasta.

A vacina de Oxford, no entanto, está sendo questionado quanto à sua proteção desde do dia 23 de novembro, data em que os resultados do testes clínicos foram divulgados. As dúvidas foram levantadas depois que a empresa admitiu ter cometido um erro crucial na dose da vacina recebida por alguns participantes dos seus testes. A eficácia variou dependendo do grupo de participantes. Os que receberam meia dose e depois uma dose completa demonstraram eficácia de 90%. No entanto, os que receberam duas doses completas, que eram a maioria dos voluntários, mostraram uma eficácia menor, de apenas 62%. Outro agravante é que, além de ser menor, o grupo que demonstrou maior eficácia não contemplava pessoas com mais de 55 anos, o que coloca em dúvida como a vacina reagiria em idosos. A AstraZeneca já informou que novos testes serão realizados para validar “o que parece ser uma maior eficácia”.

Governo pode adquirir vacina da Pfizer/BioNTech

O ministro Pazuello também comentou sobre a adesão do Brasil ao Covax Facility, que permite que o país tenha, entre suas opções, pelo menos mais dez vacinas. A iniciativa internacional visa acelerar a produção de vacinas e permitir o acesso equitativo aos imunizantes contra o coronavírus. “O Brasil aderiu a esse consórcio desde o desenvolvimento das vacinas, já com opção de compra, recebimento de 42 milhões de doses, que poderá ser de uma das 10 fabricantes, inclusive a própria AstraZeneca ou a Pfizer, por exemplo. Estão no consórcio”, afirmou o ministro.

O Ministério da Saúde indicou, na terça-feira, 1º, no entanto, que a vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech não deve ser aplicada no Brasil, por exigir condições especiais de armazenamento, como temperaturas de -70ºC. O imunizante é um dos mais avançados e os resultados pontam eficácia de 95%, sete dias após a administração da segunda dose, conforme anunciado pela farmacêutica. “Ficou muito óbvio que são muito poucas as fabricantes que têm a quantidade e cronograma de entrega efetivo para nosso País. Quando a gente chega no fim das negociações e vai para cronograma de entrega, fabricação, os números são pífios. Números em grande quantidade, se reduz a uma, duas, três ideias”, disse o ministro. Pazuello também criticou o que chamou de “campanha publicitária” muito forte de uma produtora de vacina, sem especificar qual. “Na hora que vai efetivar a compra, vai escolher, não tem bem aquilo que tu quer, o preço não é bem aquele, e a qualidade não é bem aquela. Quando a gente aperta, as opções diminuem bastante”, explicou.

Pazuello disse que a posição do ministério é da não obrigatoriedade da vacina. Para que a maior parte da população seja vacina, ele garantiu que a pasta irá trabalhar para ter disponibilidade do imunizante em todas as pontas e campanhas de conscientização. Apesar do posicionamento, o ministério depende da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a obrigatoriedade ou não da vacina contra Covid-19. O ministro também elogiou publicamente o presidente Jair Bolsonaro. “Cito aqui a preocupação do presidente Bolsonaro em buscar, junto com este ministério, a cura para esta pandemia”, declarou.

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