Mateus Alves, de 37 anos, vivia em Conselheiro Lafaiete (MG). Ele foi preso depois que os policiais da delegacia de sua cidade receberam a informação de que ele teria aplicado o golpe milionário.
Após divulgar em redes sociais que a família precisava arrecadar dinheiro para o tratamento do menino, de apenas 1 ano e 7 meses, o pai arrecadou por meio de contribuições online cerca de R$ 1 milhão para comprar o medicamento do bebê, portador de Atrofia Muscular Espinhal (AME). Se não receber o tratamento, o garotinho pode morrer.
O caso de João Miguel mobilizou os moradores de Conselheiro Lafaiete. Vizinhos e parentes se engajaram em uma campanha para arrecadar dinheiro para que sua família pudesse comprar um medicamento cuja dose custa mais de R$ 300 mil.Há cerca de uma semana, a Polícia Civil de Minas recebeu informações de que o acusado estaria em Salvador, gastando de maneira indevida o dinheiro, e não usando o montante arrecadado para tratar da criança, de fato portadora da AME
A polícia investiga se ele estaria gastando o dinheiro arrecadado de forma indevida.
A doença
A AME é uma doença genética que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores. Sem ela, os neurônios morrem e os pacientes vão perdendo o controle e força musculares, ficando incapacitados de se moverem, engolirem ou mesmo respirarem, podendo, inclusive, morrer. A doença é degenerativa e não possui cura.
O tratamento consiste na administração de seis frascos com 5 ml no primeiro ano e, a partir do segundo ano, passam a ser três frascos.