Policiais civis da 9ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher (Decap) capturaram, nesta semana, o padrasto de um bebê de 2 anos de idade, pelos crimes de homicídio qualificado, estupro de vulnerável e violência doméstica, em Pirituba, na capital paulista.
No dia 23 de março, o bebê foi levado pelo padrasto à Unidade de Pronto Atendimento do Hospital Municipal de Pirituba, despida, em estado gravíssimo, com hematoma frontal, lesões bilaterais em orelhas e pelves e laceração anal, havendo suspeita de maus-tratos e abuso sexual, tendo evoluído a óbito no início daquela noite.
As investigações foram iniciadas no fim de março, pela equipe da especializada. Requisitada a perícia local, foram arrecadados fragmentos de preservativo, bermuda e roupa íntima da criança com sujidades de fezes e uma toalha úmida com manchas compatíveis com sangue.
Após oitiva da babá, do padrasto e da genitora da vítima, foi representada pela prisão temporária do autor, bem como pela busca e apreeensão, cumpridas no dia 23 de março, ocasião em que o celular do investigado foi apreendido.
Durante os 60 dias de Prisão Temporária do investigado, as diligências foram aprofundadas com reoitivas dos investigados (mãe e padrasto), da babá e depoimentos de familiares, GCMs, diretora e professores da creche da vítima.
As investigações comprovaram que a mãe rejeitou o filho, desde a gravidez, e praticava maus-tratos contra a criança, havendo provas testemunhais e documentais de que a privava de cuidados indispensáveis, bem como abusava dos meios de correção, sendo então indiciada pelo crime de maus tratos.
Os laudos demonstraram que a criança morreu de politraumatismo, por mais de um agente contundente. O exame externo demonstrou a presença de lesões contusas difusas pelo corpo, nas regiões anterior e posterior, sobretudo no crânio, no abdomen e no dorso, compatíveis com ação vulnerante de mais de um tipo de agente contundente. O exame interno corroborou os achados do exame externo, de lesões contusas difusas pelo corpo, sobretudo na região craniana.
No dia 19 de maio foi convertida a prisão temporária para prisão preventiva do padrasto, sendo capturado no dia seguinte.