Presidida pelo vereador Luis Santos (Pros), tendo Anselmo Neto (PSDB) como relator e Engenheiro Martinez (PSDB) como membro, a comissão também ouviu o chefe imediato do referido servidor, além de outras quatro testemunhas
A Comissão Processante que investiga possível infração político-administrativa da vice-prefeita Jaqueline Coutinho ouviu seis testemunhas na manhã desta quarta-feira, 12, na sala da Escola do Legislativo na Câmara Municipal, sob a presidência do vereador Luis Santos (Pros), tendo como relator o vereador Anselmo Neto (PSDB), além do vereador Engenheiro Martinez (PSDB), também membro da comissão.
O primeiro a ser ouvido foi o servidor Fábio Antunes Ferreira, lotado no Saae, que, de acordo com a denúncia que está sendo investigada, teria prestado serviços particulares para a vice-prefeita Jaqueline Coutinho em horário de expediente. O servidor negou que tenha prestado os referidos serviços e, questionado pelo vereador Engenheiro Martinez (PSDB), disse não ter feito horas extras como consta na denúncia.
Também o vereador Anselmo Neto questionou o fato de o servidor ter registradas entradas e saídas no condomínio onde mora a vice-prefeita coincidentes com o seu horário de trabalho no Saae, que era das 8 às 17 horas. O servidor admitiu que, às vezes, prestava serviços para moradores do condomínio fora do horário de almoço, mas não para a vice-prefeita.
Mais depoimentos – Em seguida, foi ouvido o vigilante do condomínio onde mora a vice-prefeita, Rodrigo Fernandes Batista Lima, que disse ter visto o servidor Fábio Antunes Ferreira no condomínio no período vespertino, depois das 14 horas. Disse também que o servidor do Saae, quase todos os dias, depois desse horário, estava trabalhando no condomínio.
Carlos Eduardo Alves, morador do condomínio, relatou falhas no registro de entrada e saída do condomínio, relatou que conhece o servidor do Saae há cerca de 25 anos, de quem já contratou serviços de pintura, e disse que, no período investigado só o via no condomínio após as 17 horas.
Edith Cardoso, que trabalhou com a vice-prefeita, tendo sido posteriormente transferida para a Secretaria de Cultura e, depois, exonerada pelo chefe do Executivo, disse que Fábio Antunes pegava os filhos da vice-prefeita sempre no horário de almoço. Outra testemunha, Simone Harkoff, cujos filhos estudavam na mesma escola dos filhos da vice-prefeita, disse que o servidor buscava as crianças apenas no horário de almoço.
O último a ser ouvido foi o servidor de carreira Jaime Augusto Rossi Farias, chefe do Setor de Rádio e Telemetria do Saae. Explicou o funcionamento do setor e disse Fábio Antunes não era, na prática, funcionário do setor e que só trabalhava no órgão no período da manhã. Disse não ter questionado a ausência do servidor no período vespertino por acreditar que, como oficial de gabinete, ele estivesse prestando serviços externos em compromissos oficiais, uma vez que se apresentava como indicado da vice-prefeita. Disse, ainda, que ouvira dizer que o servidor levava os filhos da vice-prefeita á escola.