Após dez horas de júri, Phelippe Douglas Alves e Débora Rolim da Silva foram condenados pela morte da filha Emanuelly Agatha da Silva, de 5 anos. O casal passou pelo Tribunal do Júri, na segunda-feira (3), no Fórum de Itapetininga.
Eles foram condenados pelos crimes de homicídio doloso quadruplamente qualificado por motivo fútil, cárcere privado, crime de tortura e alteração do local do crime, com qualificadoras de emprego de crueldade e pela vítima ser descendente e mulher.
Débora Rolim foi condenada a 23 anos, 11 meses e 4 dias de prisão em regime fechado, e 6 meses em regime semiaberto pelos mesmos crimes.
Por ser reincidente, a pena de Phelippe foi maior. Ele foi condenado a 34 anos, 7 meses e 10 dias em regime fechado, e 10 meses e 14 dias no semiaberto pelos mesmos crimes.
O caso
A menina Emanuelly Agatha da Silva, de 5 anos, foi torturada durante quase um mês antes de ser morta pelos pais, na cidade de Itapetininga. O crime ocorreu em março do ano passado, na casa onde o casal morava com outros dois filhos.
Segundo a Polícia Civil, os pais acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) durante a noite e disseram que a filha estava convulsionando, depois de uma queda.
A criança foi levada ao pronto-socorro da cidade em estado grave. A equipe médica verificou que a menina estava com diversos hematomas pelo corpo e chamaram a polícia.
Segundo a polícia, ao questionar os pais, eles alegaram que a criança costumava se machucar e, que neste dia, também havia caído da cama, o que teria provocado a convulsão.
Os médicos, no entanto, disseram à polícia que as lesões não condizem com a versão dos pais, de que ela se autolesionava. Diante disso, os pais foram encaminhados para a delegacia e, em seguida, presos, depois da audiência de custódia.