18 de Abril de 2024
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Jaqueline afirma em coletiva que vai adotar lockdown `se for necessário´: "tenham certeza que eu adotarei"

Reprodução / Facebook
Postado em: 26/06/2020

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Durante a coletiva em que anunciou o endurecimento na regras de isolamento social em Sorocaba, a prefeita Jaqueline Coutinho (PSL) voltou a afirmar que pode adotar o lockdown na cidade, embora tenha criticado um áudio que viralizou ontem nas redes sociais da cidade.

No áudio, uma voz não identificada falava que a prefeita e o governador Dória iriam anunciar a implantação do lockdown em Sorocaba a partir de hoje. "O áudio está dentro daquele contexto de pessoas que querem criar, de forma irresponsável, uma comoção social. Em nenhum momento falamos de implantar hoje o lockdown. Mas se for necessário, de acordo com os dados da saúde, tenham certeza que eu adotarei", afirmou a prefeita.

Jaqueline prorrogou a quarentena em Sorocaba até o dia 14 de julho, seguindo o anúncio feito na manhã de hoje pelo governador João Dória (PSDB), que estendeu para toda a região metropolitana de Sorocaba a regressão para a fase vermelha, a mais restritiva do Plano São Paulo.

Jaqueline disse que o decreto que será publicado nesta sexta-feira (26) vai determinar que apenas os estabelecimentos comerciais que estejam "dentro do molde de atividade fundamental" nos serviços essenciais deverão funcionar. "Não adianta vender de tudo para tentar driblar as regras. Quem vende produtos de higiene pessoal e materiais de limpeza, só tem autorização para vender isso. Vários outros estabelecimentos que vendem outros produtos não poderão vender de tudo", explicou a prefeita.

A nova atitude foi tomada em virtude de abusos constatados pela fiscalização efetuada pela Secretaria de Segurança Urbana. Vários estabelecimentos que não tem como registro principal de atividade econômica alguma atividade determinada como serviço essencial pelo decreto municipal estão funcionando por utilização de registro de atividades secundárias. 

A prefeita concedeu uma entrevista coletiva para detalhar as medidas ao lado do secretário de Saúde, Ademir Watanabe, e do secretário de Segurança Urbana, Marcelo Carriel, que falou sobre as medidas adotadas e pelas fiscalizações já feitas. O ex-delegado seccional de Sorocaba fez críticas à atitude dos sorocabanos que descrumpem as regras de isolamento.

"O que nós percebemos que parte da população não tem educação. Então, cabe ao poder público aumentar as regras de restrição. O primeiro sábado de reabertura comercial não era possível andar no centro. E 90% das pessoas não comprou nada. E aí cabe nosso papel de fiscalizar e orientear a população", disse Carriel. 

"Ou a gente chega a um nível mais acima de educação e cultura da população, ou a pandemia não passa. Não conseguiremos voltar ao nível laranja nem avançar ao amarelo", afirmou o secretário de Segurança.

A prefeita negou a proximidade de um colapso no sistema de saúde. "Isso não está ocorrendo aqui devido ao trabalho que estamos fazendo desde o início dessa pandemia". "Embora algumas pessoas digam que não, Sorocaba desde o início tomou todas as as medidas necessárias para o combate", explicou a prefeita. 

A prefeita comentou o recente aumento no número de leitos de UTI na Santa Casa, mas disse que a ocupação permenece em 100%. "Estamos ampliando mais cinco leitos até amanhã na Santa Casa, exclusivos para atender os pacientes de Sorocaba", explicou. A prefeita também citou o aumento no número de vagas nos hospitais estaduais, como o Hospital Adib Jatene e o Conjunto Hospitalar de Sorocaba, mas ressaltou o maior número conseguido pela Prefeitura.

O avanço acelerado da pandemia no interior deixou, além de Sorocaba, outras oito regiões na fase vermelha de restrição total de atividades não essenciais. Já a melhora de índices em parte da Grande São Paulo permite que a capital e as sub-regiões do ABC e de Taboão da Serra avancem à fase amarela, que permite atendimento presencial restrito em bares, restaurantes e salões de beleza. 

Nas demais três sub-regiões da Grande SP e outras sete áreas do interior e litoral, permanece a fase laranja, com reabertura de 20% da capacidade de escritórios em geral, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias por quatro horas diárias.

"O sexto período da quarentena começa no dia 29 de junho e vai até 14 de julho. Estamos completando 100 dias de quarentena em 1º de julho. E o novo mapa do Plano São Paulo continua sendo uma ferramenta técnica muito importante para planejamento e execução de todo o combate à pandemia no Estado", afirmou Doria. "O Plano SP completa 30 dias na próxima terça (30) e vem seguindo seu curso com sucesso e credibilidade", acrescentou.

As regiões que estão na fase vermelha são as dos DRSs (Departamentos Regionais de Saúde) de Sorocaba, Araçatuba, Bauru, Franca, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Registro e Ribeirão Preto. Já na etapa laranja ficam as áreas de Araraquara, Baixada Santista, Barretos, Campinas, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto e Taubaté, além das sub-regiões Leste (Alto Tietê), Norte (Franco da Rocha) e Oeste (Osasco) da Grande São Paulo.

Na fase amarela, a flexibilização prevê abertura limitada a 40% da capacidade de todos os setores previstos na laranja e seis horas de expediente, além da retomada controlada e parcial de atendimento presencial em salões de beleza e barbearias, bares e restaurantes - o consumo local só será liberado em áreas arejadas e segundo rígidos protocolos sanitários estabelecidos no Plano SP.

Apesar do aval do Governo do Estado para o avanço à fase amarela em parte da Região Metropolitana de São Paulo, a recomendação é para que as prefeituras só liberem o atendimento presencial em salões de beleza e barbearias, bares e restaurantes a partir do dia 6 de julho. O Prefeito de São Paulo, Bruno Covas, já adiantou que vai seguir a orientação de médicos e especialistas do Centro de Contingência do coronavírus.

Comportamento da pandemia

Segundo o status dos indicadores do Plano São Paulo nesta quarta atualização, a capacidade hospitalar para atendimento a pacientes graves de COVID-19 é satisfatória em praticamente todas as regiões do Estado. Porém, o aumento no número de casos na maior parte do interior provocou o regresso à restrição total em praticamente metade do território estadual.

Na média estadual medida a cada sete dias e fechada na última quarta (24), houve redução na taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva para COVID-19 de 66,5% para 65,5%, além de aumento na média de vagas por cem mil habitantes de 19,1 para 19,7.

Na mesma comparação do período atual ao anterior, a média estadual de casos de infectados por coronavírus subiu 35%, enquanto que a taxa de internações caiu 2%. A taxa semanal de mortes por COVID-19% subiu 11% em relação à reclassificação da semana passada.

Em números absolutos, o mês de junho, até esta sexta-feira (26), registrou 138.889 novos casos em relação a maio, que teve 81 mil infecções confirmadas no período. Já as internações de junho somaram 46.092, com queda em relação ao total de 46.735 do mês anterior. As mortes por COVID-19 em junho vitimaram 6.144 pessoas no Estado, ante 5.240 em maio.

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