Atualizado às 11h37
A filha de uma idosa de 77 anos que foi encaminhada com sintoma de infarto à UPH da Zona Oeste, unidade de saúde terceirizada em Sorocaba, denunciou que sua mãe aguardou por atendimento por 48 horas até ser finalmente atendida. Selizi Lins concedeu entrevista ao Jornal da Ipanema, da Rádio Ipanema, nesta manhã de quinta-feira (18), para relatar o caso.
Segundo a denunciante, Selizi Lins, sua mãe, Osvaldina Lins, deu entrada na UPH na última segunda-feira (15), por volta de 12h30. Chegando ao local, a mulher viu vários pacientes serem atendidos antes de sua mãe, enquanto ela permanecia aguardando por atendimento médico na unidade de emergência. “Fiquei 24 horas sem dormir”, disse. “Minha irmã e eu nos revezamos, passando inclusive a noite. Chega a ser desumano deixar alguém 12 horas esperando notícias de seu ente em acomodações como essa”, afirma.
Sua mãe foi transferida para a Santa Casa de Sorocaba por volta das 18 horas de quarta-feira (17). Assim que chegou lá, disse ter sido informada “que já havia vaga disponível” para atendimento.
Ela aproveitou para comparar o caso de sua mãe, que esperou dois dias por atendimento, com uma outra paciente sem gravidade que recebeu atendimento em 20 minutos, com ambulância e vaga na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) garantidas. “Sinto-me uma verdadeira palhaça, porque você acredita que estão fazendo o trabalho da maneira correta”, desabafou no ar. “O sistema é falho”.
A UPH Oeste tem a gestão do Instituto Diretrizes.
A Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria da Saúde (SES), esclareceu “que a paciente referida foi assistida de forma adequada e imediata na UPH Zona Oeste. Ela não ficou nos corredores da unidade. Ao ser diagnosticada com início de infarto, logo recebeu o medicamento trombolítico, que fez o caso clínico estabilizar. A solicitação de vaga para a Santa Casa também foi feita imediatamente, porém, existe uma classificação de risco, e neste período surgiram pacientes mais graves, inclusive casos de intubados. Após a vaga ser liberada, o Servido de Atendimento Móvel de Urgência (192) providenciou o transporte sem prejuízos ao paciente”.