18 de Abril de 2024
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Faixa verde na rua da Penha amanhece pintada de preto; via volta a ter vagas

Postado em: 25/03/2019

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A Prefeitura de Sorocaba pintou de preto as faixas verdes que ampliavam as calçadas da rua da Penha, no centro de Sorocaba. A decisão, que já havia sido anunciada no início do mês, pegou muitos motoristas de surpresa que, sem saber, seguiram parando o carro no meio da via para a descida de passageiros. A via, no entanto, apresenta nova sinalização, com vagas para idosos, descida de estudantes, novas faixas para pedestres e as demarcações da Zona Azul. A Urbes agora deve estudar os dados de satisfação dos pedestres e motoristas para então elaborar um projeto definitivo para aquele trecho do Centro da cidade, em que seja eliminado o desnível entre a faixa verde e a calçada.

O projeto de ampliação temporária das calçadas da rua da Penha durou pouco mais de um mês, de 16 de fevereiro até 23 de março. A intervenção ocorreu no trecho entre os cruzamentos das ruas Miranda de Azevedo, Padre Luiz e Coronel Benedito Pires, em um total de 255 metros de extensão.

De acordo com a Prefeitura, a ampliação experimental das calçadas na rua da Penha, Centro de Sorocaba, chegou ao fim após 36 dias do projeto, com uma média de 22,6% de fluxo de pedestres somente na via estendida (faixa verde). Os dados foram obtidos em sistemas de contagem manual. Na contagem eletrônica, a média diária de pedestres que passou somente na área de ampliação é de 1.485, quase um terço do número médio das pessoas que circularam pela calçada, contabilizado em 4.950.  O projeto foi realizado em 255 metros, entre os cruzamentos das ruas Miranda de Azevedo, Padre Luiz e Coronel Benedito Pires.

Além da contagem, foram realizadas pesquisas de avaliação da proposta e, principalmente, para obtenção de dados fundamentais sobre os pedestres que circulam por lá.  O resultado parcial mostra que 70,6% gostaria que fosse permanente e 55,9% gostou do novo desenho da rua. Outra informação importante obtida reforça a importância do projeto, 60% das pessoas que circulam a pé pelo Centro chegaram até o local de transporte coletivo. Nas próximas semanas os dados completos da pesquisa serão divulgados.

Mesmo que parcial a avaliação a comissão responsável acredita que o projeto atingiu a meta que é dar prioridade ao pedestre. “Durante a intervenção, foram proibidos temporariamente o estacionamento em 17 vagas de carros. Se comparamos este número ao de pedestres, ele acaba sendo muito inferior. Além disso, o projeto promoveu em dois quarteirões características dos modernos e confortáveis centros de cidades que são referências no mundo, onde a população frequenta cafés, lanchonetes e lojas”, declara o secretário da Mobilidade e Acessibilidade, Luiz Alberto Fioravante.

O projeto de alargamento das calçadas deve atender a alta demanda de circulação de pedestres na rua da Penha, corroborando direta e indiretamente para a melhoria do espaço público, ambiental e econômica do espaço urbano, conforme está previsto no Plano Diretor da cidade. O projeto definitivo encontra-se em fase de execução.

As premissas do Programa de Alargamento de Calçadas consistem em desenvolver proteção, diversidade, versatilidade, atratividade, conectividade, resiliência e sustentabilidade. Juntos, eles corroboram direta e indiretamente para a melhoria do espaço público, ambiental e econômica do espaço urbano. Estes critérios estão implícitos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e mudam o conceito hierárquico da mobilidade, colocando o pedestre na posição mais importante das prioridades.

O Projeto de Intervenção Temporária foi realizado em conjunto com as secretarias municipais da Conservação, Serviços Públicos e Obra (Serpo); Planejamento e Projeto (Seplan); Meio Ambiente, Parques e Jardins (Sema); Cultura (Secul) e Esportes e Lazer (Semes), assessoradas pela empresa Stúdio K e Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP). Na véspera da intervenção, representantes do Instituto vieram a Sorocaba para contribuir com a expertise obtidas com esse mesmo projeto já implantado nos bairros Santana (Zona Norte) e São Miguel Paulista (Zona Leste), da cidade de São Paulo e no bairro da Tijuca, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.

 

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