08 de Maio de 2024
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EXCLUSIVO - Jaqueline sobre Aith ir com GCM em sua casa: "deu tiro no pé"

Foto: reprodução
Postado em: 14/02/2022

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A ex-prefeita de Sorocaba Jaqueline Coutinho (MDB) disse que o vereador Vinícius Aith (PRTB) "cometeu uma ação ilegal, imoral e abusiva" e "deu um tiro no pé", em relação à situação de ter ido notificá-la com um aparato de quatro GCMs armados, viatura da ROMU (Ronda Ostensiva Municipal), além de um advogado e assessor, sobre a CPI dos Livros. O caso gerou um boletim de ocorrência registrado pela ex-prefeita contra o parlamentar por abuso de autoridade.


Jaqueline foi entrevistada nesta manhã de segunda-feira (14) no Jornal da Manhã, da Jovem Pan Sorocaba.


O caso ocorreu na última quinta-feira (10) e gerou diversas notas de repúdio de autoridades políticas e entidades contra o vereador e em apoio à ex-prefeita. Jaqueline agora quer esclarecimentos sobre o uso do aparato da GCM em sua casa para a realização da notificação e também do condomínio onde reside, já que houve a autorização da portaria de segurança do local para a entrada do vereador, seus assessores e GCM, sem aviso prévio a ela, moradora do local. "Usar o poder, a autoridade para constranger alguém e, pior, para depois ter mídia, essa exposição e ridicularização, é algo inadmissível", afirmou ela sobre a atitude do vereador. 

 

"Tiro no pé"


"O absurdo todo é da situação em si. fazer toda essa exposição, ridicularização, para ter mídia, é inadmissível", criticou. "A ação dele [vereador Vinícius Aith] é ilegal, imoral, e abusiva. Se ele fez isso para ganho político é um tiro no pé. O vereador imaginava duas situações: achou que eu iria ficar fragilizada, por ter sido delegada, ou que eu iria me descompensar, me descontrolar e iria ficar agressiva. Ele dançou. Eu fiquei tranquila, equilibrada", declarou.     

 

Assista na íntegra

 

 


O dia da notificação


A ex-prefeita resumiu o que houve no dia em questão. "Quando foi 6h05, comecei a ouvir o interfone tocar insistentemente e alguém batendo na porta. Fui do jeito que eu tava, descalça e de pijama, quando fui supreendida por uma viatura da Romu, que existe para ter necessidade de dar apoio a outras viaturas, equipe tática de elite da GCM [...]", narra. "Deparei-me com os quatro GCMs que estavam posicionados taticamente, sendo dois dentro da minha garagem. Vi os quatro GCMs e mais três homens, sendo um deles o vereador", continuou. "Ele falou que estava lá para me entregar a notificação da CPI", explica a prefeita.


"Não só o sentimento como eu me senti: humilhada, constrangida e exposta. Um rapaz da imprensa me avisou que foi feita uma live, uma transmissão ao vivo nas redes sociais. Ou seja, houve exposição da minha imagem, intimidade. Houve também ridicularização", afirmou ela. 


"Temos uma CPI e faz parte dela fazer a notificação dos envolvidos. [A notificação] poderia ser feita por meio dos membros, de assessor ou até por e-mail. Se um assessor tivesse ido à minha casa e eu recusado em receber a notificação, ele [o vereador] poderia ir com assessores, mas não a GCM. A GCM faz parte de outra guarida, tem outra função", explicou ela.

 

Entrada no condomínio


Jaqueline também disse já ter enviado um e-mail com vários quesitos e perguntas questionando o condomínio sobre a autorização da entrada da GCM com a equipe do vereador, sem prévia autorização dela mesma, moradora do local. "E o outro carro que entrou? O carro preto da Câmara, que não sabia sequer qual a placa dele? Por causa da placa de carros oficiais? Entrou por que? Com base no que? E se fossem sequestradores?", reclamou.    

 

Sobre a CPI dos Livros

 

A ex-prefeita também declarou que não cometeu nenhuma ilegalidade em relação à compra de R$ 29 milhões dos livros no fim de sua gestão. "Essa CPI, que foi instalada em fevereiro de 21, não fluiu. Meu advogado tem em mãos cópias de parte da CPI para analisar se há legalidada para a continuação dela", declarou Jaqueline. "Tenho consciência de que não cometi nenhum tipo de ilicitude ou ilegalidade", garantiu.


"Adquirimos os livros dentro do projeto Leitura em Rede. Com certeza o vereador não sabe, mas obedecemos a uma Lei Federal de 2010", defendeu Jaqueline. "Adquirimos [os livros] através do Governo do Estado. Ele fez a licitação. Para quem tem dúvida da transparência e legalidade, o Governo do Estado fez essa venda para muitos municípios dentro do que a lei federal determinava e, antes da gente assinar o termo de adesão, adquirindo do FDE, o Tribunal de Contas aprovou. Pronto, onde está a ilegalidade?", questionou. 

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