23 de Abril de 2024
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Estado da saúde mental é o desafio no atendimento das Pessoas em Situação de Rua em Sorocaba

Agência Sorocaba
Postado em: 09/07/2020

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Muitos são os casos de Pessoas em Situação de Rua (PSR) que se recusam a receber algum atendimento por parte da Secretaria da Cidadania (Secid). Há casos graves de pessoas com problemas de saúde mental que vivem na rua e não aceitam tratamento. Nesses casos, a atuação é mais focada e a pasta faz intervenções aliadas com o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e até mesmo a GCM (Guarda Civil Municipal) sempre pensando no bem-estar do cidadão.

Conforme a chefe da Divisão de Proteção Social Especial, da Secid, Fabiana Machado Corrêa, existe uma parcela da população de rua que sofre de problemas mentais que faz com que a  Secid se articule no sentido de ofertar o acesso ao tratamento adequado, em parceria com os CAPS (Centro de Proteção Psicossocial), desde que haja a aceitação por parte do cidadão.

Fabiana detalha que nos casos mais graves, onde a equipe de abordagem tem dificuldade de atender à, é necessário discutir junto à rede socioassistencial e de saúde mental as estratégias de atendimento. “Há um planejamento de cada caso, pensando na efetividade do tratamento”, contou.

As intervenções também são alinhadas com o SAMU, pois pode ser necessário ministrar algum medicamento na pessoa para acalmá-la, ou até a GCM, com o objetivo de garantir a segurança do paciente, mas também das equipes de saúde e assistencial. “As ações precisam ser articuladas e planejadas de modo a acessar a pessoa em situação de rua de maneira assertiva. Por exemplo, direcionando para o leito do Caps ou até para internação que, no caso de Sorocaba, o hospital de referência é a Santa Casa de Misericórdia”, explicou Fabiana.

Sucesso

Entre os inúmeros casos atendidos pela Secid, a chefe de Divisão lembra de um jovem que apresentava um quadro grave de transtorno mental; era arredio e agressivo. “Planejamos a articulação, fazendo a abordagem social em conjunto com o SAMU e a GCM. Ele foi encaminhado para a ala psiquiátrica da Santa Casa, que já o aguardava,  foi internado, avaliado e medicado sendo,  posteriormente, encaminhado à uma residência terapêutica, onde permanece até hoje, tendo tratamento adequado às suas necessidades”.

Essas abordagens não são simples, diz Fabiana. A articulação demanda inúmeras tentativas, mas mostra que é possível direcionar os casos e garantir o direito dessas pessoas que não têm vínculos familiares por estar na condição de rua. “Em decorrência da falta de tratamento para suas demandas de saúde mental, muitas vezes eles se colocam em risco e vivenciam a autonegligência”, enfatizou.

Para o secretário da Cidadania, Paulo Henrique Soranz, a pandemia do coronavírus fez a situação dos moradores em situação de rua ficar mais explícita, o que jogou mais luz sobre a necessidade deste trabalho realizado pela pasta.  “É muito importante que essas pessoas que têm problemas de saúde mental e vivem em situação de rua tenham garantido o mínimo e dignidade”, comentou. São muitas as reclamações recebidas da população quanto aqueles que vivem nas ruas, justamente, por não ser um problema de fácil solução.

Entretanto, para Soranz, as muitas articulações, com planejamento e o engajamento dos profissionais da Secid, têm surtido bons resultados. “E apesar de tudo, temos que lembrar de que se trata de humanos, portanto precisam e têm o direito de ser atendidas com a maior dignidade. E isso temos feito com o apoio da Prefeitura”, encerrou.

 

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