16 de Outubro de 2024
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Escola da rede municipal de ensino de Sorocaba participa de projeto de socialização de cão-guia

Foto: Renata Giron – Secom
Postado em: 17/08/2022

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Na E.M. Prof.ª Julica Bierrenbach, no Jd. Cruzeiro do Sul, Zona Leste, a rotina dos alunos ganhou toque especial a mais, há cerca de três meses, quando a vice-diretora, Elaine Mendes da Silva, passou a ter a companhia, no ambiente da escola, de Benjamin, um labrador da raça Retriever ainda filhote, que está sendo treinado para assumir a função de cão-guia.

 

O cãozinho faz parte do projeto de treinamento e doação de cães-guias para pessoas com deficiência visual de todo o Brasil. Iniciada em 2018, no município de Salto de Pirapora, onde está sediado o Instituto Magnus, realizador do projeto, a iniciativa já alcançou a marca de 50 cães doados. Mas, para continuar esse importante trabalho social, a instituição necessita da participação de famílias, como a da vice-diretora Elaine, que se dispôs a ajudar na tarefa de socialização do futuro cão-guia. Por isso, o cãozinho convive não apenas em sua casa, com a família, mas também na escola, junto a toda equipe escolar e alunos.

 

Por onde passa, Benjamin chama a atenção, especialmente das crianças. No entanto, não é sempre que está disponível para os afagos e brincadeiras. Em seu papel como guia, o labrador não pode se distrair. Como ele irá se tornar os “olhos” de alguém que necessitará dessa função para andar, muitas vezes, por lugares desconhecidos ou em situações de risco potencial, como a travessia de uma rua movimentada, o cão-guia precisa estar muito atento para saber proteger seu tutor. Isso explica porque, durante sua tarefa como condutor, não pode interagir com brincadeiras. A regra vale durante todo o tempo em que está com sua guia especial, que também ajuda a identificá-lo.


O sinal para ele relaxar e voltar a se comportar como um cãozinho como os outros, brincar e retribuir aos carinhos, é justamente a retirada da guia, quando, então, fica à vontade para interagir de várias formas com as pessoas.

 

Elaine teve o cuidado de explicar tudo isso aos alunos, antes começar a levar o Benjamin para a escola. “Eles entenderam muito bem. Não só aprenderam rápido a lidar com as regras, como alguns já contaram que, ao ver um cão-guia em algum parque da cidade, orientaram seus pais sobre em quais momentos é possível interagir, ou não, com o cão-guia. Ou seja, as crianças já estão se tornando multiplicadoras de informações sobre o assunto e levando isso para suas famílias”, relata a vice-diretora.

 

Elaine escolheu ser voluntária por ser uma forma de ajudar uma causa que ela considera tão nobre: poder ajudar outra pessoa e também porque é uma maneira de convívio com um animalzinho de estimação do qual gosta muito, podendo se despedir dele de uma forma muito positiva. “Eu tive uma cachorrinha, a Shiva, e me apeguei muito a ela. Sofri demais quando ela morreu, com oito anos de idade. Vou me separar do Benjamin, sei que vou sofrer, mas sabendo que ele estará bem e fazendo o bem a outra pessoa”, comenta.

 

A parceria entre a educadora e o Benjamin deve durar exato um ano. Depois desse período, ele retorna ao Instituto para um breve treinamento até seguir com seu definitivo tutor. Será quando colocará em prática todo o preparo que vem acontecendo também em sua permanência na escola.

 

As crianças também estão sendo preparadas para lidar com esse momento e já sabem que, mais tarde, seu amiguinho de quatro patas partirá para uma nova e importante missão.

 

 

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