Zâmbia e Magnólia Mystic Rose, as duas éguas nascidas em Salto de Pirapora e que competiram nos Jogos Pan-Americanos fizeram história no hipismo nacional. Esta foi a primeira vez que dois animais brasileiros nascidos no mesmo haras chegaram às finais das provas de hipismo em jogos Pan-Americanos.
A classificação obtida pelas duas éguas no Pan garantiu a qualificação de ambas para os Jogos Olímpicos de Tóquio que serão disputados em 2020. Zâmbia e Magnólia nasceram, pertencem e têm suas carreiras geridas pelo Haras Rosa Mystica, instalado no município de Salto de Pirapora, na Região Metropolitana de Sorocaba.
Os Jogos Pan-Americanos deste ano terminaram domingo passado em Lima, capital do Peru.
As finais do hipismo no Pan aconteceram na sexta-feira (9). Magnólia Mystic Rose, que integrou o conjunto com o cavaleiro da Guatemala, conquistou a 16º colocação, enquanto Zâmbia Mystic Rose, que fez parte da equipe de hipismo do Equador ficou em 20º lugar entre os competidores.
Desde o Pan-Americano de Toronto, em 2015, a altura dos obstáculos foi aumentada de 1,50m para 1,60, que é a mesma utilizada nas provas dos Jogos Olímpicos.
Nilson Leite, do Haras Rosa Mystica, avaliou como muito positiva a participação de Magnólia e Zâmbia nos conjuntos da Guatemala e Equador, respectivamente. “Temos muito a celebrar não apenas em termos dos resultados alcançados no Pan. A presença de duas éguas brasileiras, de um mesmo criador, na final das provas de hipismo é um fato histórico nunca acontecido antes. Em 1999, durante os jogos de Winnipeg, no Canadá, o Haras Joter foi quem chegou mais próximo disso. Só que, embora tivesse dois cavalos (Calei e Atlética) com seu sufixo Joter, Atlética não tinha nascido no Brasil”, explica o proprietário do Haras.