10 de Novembro de 2024
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Éguas de haras de Salto de Pirapora vão competir nos Pan-Americanos de Lima

Postado em: 30/07/2019

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Zâmbia e Magnólia Mystic Rose são duas das quatro éguas brasileiras que irão competir nas provas de hipismo dos Jogos Pan-Americanos 2019. O Pan começa nesta sexta-feira – dia 26, em Lima, no Peru. Esta é a primeira vez que o Brasil terá esse número de animais da raça Brasileiros de Hipismo competindo em diferentes modalidades. Nascidas em Salto de Pirapora, a 26 quilômetros de Sorocaba, Zâmbia e Magnólia são duas éguas que desde a sua concepção pertencem ao Haras Rosa Mystica, localizado naquele município, e que cuida integralmente do gerenciamento da carreira dos dois animais.

Ao contrário do que se possa imaginar, entretanto, nenhuma delas será montada por cavaleiros brasileiros. Zâmbia e Magnólia integrarão as equipes de hipismo do Equador e da Guatemala, respectivamente. Desde 2017, ambas estão nos Estados Unidos.

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Magnólia Mystic Rose iniciou sua carreira há cinco anos e, desde então, obteve resultados expressivos como o primeiro lugar no Torneio de Verão, do CSN da Juventude, do CSN de Maio, no SHP Open, entre outros. A carreira nos Estados Unidos começou em 2018, quando conseguiu classificações em diversas provas e vitórias no CSI 3* e 5*, em Wellington.

Zâmbia Mystic Rose, por outro lado, compete desde 2014. Venceu a Copa SP da Sociedade Hípica Paulista e foi campeã do SHP Open CN7, por exemplo. Nos Estados Unidos, no ano passado, venceu um CSI 2*, em Michigan. Em Spuce Meadow, conseguiu o terceiro lugar no CSI 5*, saltando obstáculos de 1,50m, com o equatoriano Diego Vivero, o mesmo cavaleiro que irá montá-la durante o Pan-Americano e que é só elogios a ela. Ele acredita, inclusive, que Zâmbia tem plenas condições de levá-lo a uma classificação para as Olimpíadas de Tóquio, no ano que vem.

Entusiasmado e feliz com os resultados obtidos até aqui, Nilson Leite, titular do Haras Rosa Mystica, credita a presença de duas de suas éguas nos conjuntos que representarão Equador e Guatemala nas provas de hipismo do Pan de Lima ao trabalho de cerca de 20 anos desenvolvido no haras da família em Salto de Pirapora. “Estamos atingindo um novo patamar. Isso é consequência de muita paciência, investimento e respeito ao bem-estar dos animais”, revela Nilson. “O Brasil não tem tradição de valorizar a produção nacional e estamos começando a quebrar isso”, completa.

Para ele, a presença de Zâmbia e Magnólia nos Jogos Pan-Americanos, mais do que um orgulho, é uma oportunidade para que haja uma ampliação na produção nacional de animais de criação e do próprio mercado equestre. “Uma vez aumentando a presença de cavalos criados no Brasil em competições internacionais, aumentará a presença de brasileiros saltando com nossos animais em outros países. Hoje, praticamente todos os cavaleiros do Brasil que objetivam uma projeção em suas carreiras acabam tendo que ir ou para Europa ou para os Estados Unidos. Quem sabe isso esteja começando a mudar”, finaliza.

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