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Denúncia de mensalinho envolvendo Taty Polis é “gravíssima”, diz vereadora

Postado em: 11/03/2019

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A vereadora Fernanda Garcia (PSOL) foi entrevistada durante o Jornal da Ipanema, da Rádio Ipanema, nesta manhã de segunda-feira (11). A parlamentar acionou o Ministério Público para investigar o trabalho voluntário irregular de Tatiane Polis, inclusive um suposto esquema de mensalinho que seria repassado à “voluntária”.

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Vereadora Fernanda Garcia durante o Jornal da Ipanema / Foto: Alana Damasceno

“Nos salta aos olhos o caso da Tatiane Pólis. As pessoas perguntam: como isso pode acontecer de novo? Qual a maturidade política de quem está no Executivo para deixar isso acontecer?”, questionou.

Fernanda defendeu que o acionamento do MP tem o objetivo de agilizar o processo de resposta, por parte da Prefeitura de Sorocaba, de responder ao seu requerimento enviado ao prefeito José Crespo (DEM), que insiste em manter Taty Polis na prefeitura sem os requisitos de seu decreto 22.930, de 2017, que regulamenta o cadastramento de voluntariado.

A parlamentar também comentou sobre a investigação do suposto esquema de mensalinho, no qual outros funcionários seriam obrigados a encaminhar parte de seu próprio salário para pagar os serviços de Tatiane. “Haveria esse acontecimento pagando o salário da Tatiane Polis. Ela é ‘voluntária’. Se há denúncia, há um fundo de verdade. Esse é nosso objetivo. Isso é terrível, tem investigação até federal”.

“O que permeia nossa representação é para que haja agilidade. Se o promotor abrir inquérito civil, ele tem como pedir agilidade à resposta do requerimento. Não só questionamos o formato da contratação, mas também o possível mensalinho. É um caso gravíssimo na nossa cidade, não dá para noticiar um mensalinho e nada ser feito”, relatou.

Fernanda Garcia foi a presidente da CPI do Diploma Falso, aberto em 2017 e que atestou a falsidade do documento para que Tatiane Polis ocupasse o cargo de assessora 3 com salário de quase R$ 9 mil. Desta vez, o caso também será investigado por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), aprovada pelos vereadores na quinta-feira. A CPI vai investigar pessoas que estariam fazendo trabalho voluntário de forma irregular na prefeitura.

Ainda sobre a CPI para investigar voluntários irregulares, Fernanda mencionou que há possibilidade de pedir quebra de sigilo bancário e telefônico de Tatiane Pólis durante a investigação das denúncias.

Mesmo tendo apresentado um erro na revogação, Crespo tentou revogar, na última sexta-feira (8), o decreto sobre o voluntariado, insinuando assim sua vontade de manter Tatiane dentro da prefeitura. “Foi revogado outro decreto municipal, mas nesse decreto não especifica que fica valendo o anterior [que também implica sobre atuação voluntária]. Não há lei municipal que regulamente a contratação desse voluntariado”, completa a vereadora.

“Quando houve o termo de adesão [de Tatiane voluntária] o que valia era o decreto do momento. Ele vai se embasar no momento que houve a ação. O decreto tem quase 15 artigos e no artigo 4º que tenha registro na Secid [Secretaria de Cidadania e Participação Popular]. Ele já começa errado, não é por ser prefeito que ele pode passar por cima de um decreto que ele mesmo produziu”, enfatizou.

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“O sorocabano tem o direito de saber como funciona o dinheiro público e quem trabalha com ele. Enquanto isso vemos uma funcionária que não tem cargo público, não é concursada, não é comissionada. Vemos uma mulher que trabalha todos os dias, ainda com poder. Isso é ruim para a população”, afirmou.

“Quero debater educação, outras pautas… aí vem essa. Isso gera uma descrença não só do prefeito. Mas do agente político, da Câmara de Vereadores”.

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