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Delegado Seccional afirma que organização criminosa atua na Prefeitura

Postado em: 09/04/2019

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O delegado seccional Marcelo Carriel afirmou que existe uma organização criminosa atuando na Prefeitura de Sorocaba. Segundo ele, apesar de ainda não poder ter efetuado prisões, como era o pedido original da Operação Casa de Papel à Justiça, o bloqueio de bens dos envolvidos e a autorização para busca e apreensões expedido pela Justiça ajudam no entendimento que a operação está no caminho certo, após sete meses de investigação e coleta de dados. A declaração ocorreu em entrevista ao vivo ao programa Flash News, da rádio IPA FM, no final da tarde desta segunda-feira (8). Ele também afirmou que os pedidos de prisão podem ser reenviados à Justiça, durante as perícias nos equipamentos e documentos apreendidos.

Questionado se pode haver uma organização criminosa atuando dentro da Prefeitura, o delegado foi taxativo: “Mas não tenha dúvida. A investigação e o inquérito apuram os crimes de Organização Criminosa, Lavagem de Dinheiro, Peculato e Fraude a Licitações. Então, para haver tudo isso, não tem como ser uma pessoa, ou duas, ou três. Tem que haver uma organização com pessoas previamente determinadas, com suas atividades individualizadas, e isso foi feito”.

O delegado informou que o juízo aceitou essa conclusão da investigação e, por este motivo, determinou tanto a busca e apreensão de equipamentos e documentos, como também o bloqueio de bens imobiliários e apreensão de veículos com valor de mercado acima de R$ 50 mil.

Somente nesta segunda-feira, a operação denominada “Casa de Papel” ouviu 10 pessoas, sendo algumas delas os secretários do prefeito José Crespo (DEM), Hudson Zuliani (Licitações); Eloy de Oliveira (Comunicação e Eventos) e Werinton Kermes (Cultura e Turismo), além do empresário ligado à Twenty, Felipe Bismara, e Neto Bocalão, relacionado a um jornal de Sorocaba.

Marcelo Carriel afirmou que solicitou a prisão de alguns dos envolvidos. “Juntamente com o pedido de buscas, algumas prisões foram solicitadas. Eu me reservo aqui, por enquanto, pelo menos, não divulgar quais foram as pessoas objetos desses pedidos de prisão, dentro destes investigados. Estas prisões ainda não foram deferidas porque nós precisávamos desses mandados de busca exatamente para apreender material que produzisse uma prova maior ainda contra essas pessoas. Mas houve sim pedidos de prisões temporárias, mas nada impede que esses pedidos sejam reenviados ao Judiciário”, disse o delegado.

O delegado falou também sobre a intervenção nos servidores da Prefeitura, que causaram a queda de todos os sistemas online da Prefeitura. “Houve no mínimo uma tentativa de alteração de dados, de alteração de senhas. Isso pode sim embasar um pedido de prisão preventiva ou temporária também. Porque se isso aconteceu, nós chegaremos ao autor e vai caber sim um pedido de prisão dentro do contexto da investigação que já existe”, explicou o delegado.

Marcelo Carriel acredita que o material apreendido deve reforçar a linha de investigação adotada pela polícia. “Foram muitas oitivas e agora celulares apreendidos, CPUs, Notebooks e quaisquer dispositivos de memória serão checados de forma integral. Nós temos softwares que conseguem checar qualquer tipo de dispositivo e tenho certeza que essas informações virão ao encontro das nossas investigações”, explicou.

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