21 de Outubro de 2024
Informação e Credibilidade para Sorocaba e Região.

Cuidado com receitas caseiras para combater o novo coronavírus

Foto: Agência Brasil
Postado em: 07/04/2020

Compartilhe esta notícia:

Higienizar corretamente as mãos é uma das formas mais importantes de prevenção à COVID-19, doença provocada pelo novo coronavírus. O uso de água e sabão é eficiente mas, na falta deles, profissionais da saúde recomendam também o uso de álcool gel 70%. Quem recorrer a essa alternativa deve tomar cuidados para não comprar produtos de origem duvidosa e não devem recorrer a soluções caseiras.

 

“O uso do álcool em gel só é necessário quando estamos em locais onde não é possível lavar as mãos. Nesta situação, ele cumpre a mesma função do sabão de exterminar vírus e bactérias presentes na pele”, afirma o professor de química da Escola Técnica Estadual (Etec) Trajano Camargo, de Limeira, Edivaldo Luis de Souza.

 

O professor alerta, no entanto, para o risco de soluções caseiras que estão sendo divulgadas na internet. “Esta receita mais comum que encontramos em redes sociais [com mistura de componentes] não garante a ação de germicida”, explica Souza.

 

O álcool gel 70% é o mais recomendado porque tem um efeito mais prolongado como antisséptico. O produto com concentração abaixo de 70% tem mais água e pode não eliminar o vírus. Já a fórmula superior a 70% é agressiva à pele, pode provocar ressecamento, além de evaporar mais rapidamente, o que pode ter comprometer a ação germicida.

 

Para evitar os riscos de usar álcool em gel com uma concentração abaixo ou superior ao recomendado (70%), Souza explica que o consumidor deve verificar se no rótulo do produto constam o registro junto à Anvisa, as informações sobre o fabricante, laudos técnicos, a identificação do órgão responsável pelos testes físico-químicos e sua compatibilidade com a farmacopeia brasileira.

 

Fatores de risco dos antisépticos e detergentes falsificados

 

O consumidor tem de estar atento não só à qualidade do álcool gel, mas também a dos detergentes. O professor lembra que a concentração de matérias-primas diferente da que é indicado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) comprometem a ação dos detergentes no combate aos vírus e bactérias.

 

Entre elas estão a pureza da água para diluição, os locais de estocagem do produto, as embalagens suscetíveis a vazamentos, as contaminações químicas cruzadas, as contaminações biológicas causadas pelo contato com as mãos ou com o ambiente e os processos de produção que nem sempre seguem as boas práticas de manipulação desses produtos.

Compartilhe:

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Justiça barra a liberação de quarentena em cidades do interior de SP

SP atinge marca de 10 mil Carteiras de Identificação de Transtorno do Espectro Autista

Receita abre consulta ao segundo lote de restituição do Imposto de Renda 2021

Árvore caída atrapalha passagem de pedestre em calçada no Jardim Emília

Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprova reforma tributária

Polícia descarta terceiros na morte de menino que teve pênis mutilado pela irmã