16 de Outubro de 2024
Informação e Credibilidade para Sorocaba e Região.

Crédito ampliado aumentou para setor não financeiro em novembro

Postado em: 24/12/2020

Compartilhe esta notícia:

O crédito ampliado ao setor não financeiro alcançou R$ 11,7 trilhões em novembro, valor que corresponde a 157% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país). Segundo as Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas nessa semana pelo Banco Central, o resultado representa um aumento de 14,6% ao longo de 12 meses e de 0,2% no mês.

 

As informações são da Agência Brasil.

 

De acordo com o Banco Central, o crédito ampliado a empresas e famílias ficou em R$ 6,6 trilhões, 88,7% do PIB. O número é 0,7% menor do que o registrado há um mês. No acumulado de 12 meses, representa aumento de 15,9%.

 

No mês, “predominou o efeito da redução na dívida externa (-6,6%), influenciado pela variação cambial. Por outro lado, houve crescimento nos empréstimos e financiamentos (1,9%) e nos títulos de dívida (0,3%)”.

 

Já o saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional chegou a R$ 4 trilhões em novembro, crescimento de 2%, com aumentos de 2% nas carteiras de pessoas físicas e jurídicas, que atingiram saldos de R$ 2,2 trilhões e de R$ 1,8 trilhão, respectivamente.

 

Em 12 meses, o crescimento da carteira total subiu de 14,7% para 15,6%. De acordo com o BC, esse resultado se deve às expansões nos créditos às empresas de 21,3% para 22,1% e às famílias, de 9,9% para 10,9%.

 

“O crédito livre para pessoas jurídicas totalizou R$ 1,1 trilhão, com aumentos de 2,2% no mês e de 24,7% na comparação interanual, destacando-se as modalidades de capital de giro acima de um ano e desconto de duplicatas. O saldo do crédito livre a pessoas físicas alcançou R$1,2 trilhão, após elevações de 2,7% no mês e de 10,7% em 12 meses, com aumentos em cartão de crédito à vista, crédito consignado e financiamento de veículos”, segundo o documento do BC.

 

Crédito direcionado

 

No caso do crédito direcionado, a carteira de pessoas jurídicas chegou a R$ 678 bilhões em novembro, com elevação de 1,6% no mês e de 18,1% na comparação interanual. O BC acrescenta que o resultado reflete a expansão em outros créditos direcionados, “devido aos programas de apoio a micro, pequenas e médias empresas, criados para combater os efeitos da pandemia”.

 

O saldo com pessoas físicas alcançou R$ 995 bilhões, com aumentos de 1,2% e de 11%, respectivamente, para crédito rural e financiamento imobiliário.

 

Em novembro, as concessões totais de crédito somaram R$ 376 bilhões, um aumento mensal de 1,4%, com acréscimos de 4% no crédito às empresas, e de 0,2% no crédito às famílias, já considerando o ajuste sazonal. “No acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2019, as concessões totais cresceram 5,9%, com elevações de 12,6% nas operações com empresas e de 0,3% com famílias”, aponta o BC.

 

Ainda segundo a autoridade monetária, o Indicador de Custo do Crédito, referente ao custo médio de toda a carteira de crédito do sistema financeiro, ficou em 16,9% ao ano em novembro. O ICC do crédito livre não rotativo atingiu 22,4%; e o spread geral do ICC situou-se em 12 pontos percentuais no mês. “A taxa média de juros das concessões de crédito de novembro alcançou 18,7% a.a., variações de 0,1 p.p. mês e de menos 4,9 p.p. em 12 meses. O spread geral das taxas de juros das concessões situou-se em 14,4 p.p., com variações de menos 0,1 p.p. e menos 4,5 p.p., nas mesmas bases de comparação”.

 

A taxa média de juros das concessões no crédito livre atingiu 26,3% a.a. (reduções de 0,2 p.p. mês e de 9,3 p.p. na comparação interanual), com destaque para a queda de 0,7 p.p. na taxa de juros a pessoas físicas, para 38,1% a.a. No crédito livre às empresas, a taxa média de juros situou-se em 12,2 p.p.

 

“Excluindo-se as operações rotativas, a taxa média de juros do crédito livre alcançou 21% a.a., variações de 0,1 p.p. mês e menos 5,1 p.p. na comparação com o mesmo período do ano anterior”, informou o BC.

 

Reservas

 

As reservas bancárias diminuíram 39,1% no mês, enquanto o papel-moeda emitido cresceu 0,6%. Segundo o BC, a base monetária totalizou R$ 402,3 bilhões em novembro, redução de 6% no mês e aumento de 35,6% em 12 meses.

 

“Entre os fluxos mensais dos fatores condicionantes da base monetária, atuaram no sentido contracionista, as operações com derivativos, R$ 25,3 bilhões; Outras Contas, R$19,7 bilhões (R$15,9 bilhões da movimentação da Conta de Pagamentos Instantâneos); as operações da Linha Temporária Especial de Liquidez, R$2 bilhões; e as operações do setor externo, R$1,9 bilhões”, detalha o BC.

“Foram expansionistas as operações com Títulos Públicos Federais, R$ 12,8 bilhões (compras líquidas de R$148,9 bilhões no mercado secundário menos colocações líquidas de R$136,1 bilhões no mercado primário); as operações do Tesouro Nacional, R$9,6 bilhões; e os depósitos de instituições financeiras, R$0,9 bilhão (destaque para liberações de recursos de depósitos de poupança, R$2,5 bilhões)”.

Compartilhe:

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Crespo será investigado na justiça comum em três inquéritos policiais diferentes

Operação Dignidade aborda 17 pessoas em situação de rua em Sorocaba

Saae conclui manutenção de adutora danificada no Campolim

OMS relata aumento diário recorde de casos do novo coronavírus

Saae inicia obras de ampliação do sistema de drenagem na zona oeste

Ala do Planalto quer enviar PEC da segurança pública ao Congresso antes das eleições