A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a atuação do falso voluntariado no Paço Municipal realizará nesta terça-feira (7), às 14h, novas oitivas com depoentes que já foram convocados na semana passada, mas faltaram. A CPI é presidida pela vereadora Iara Bernardi (PT) e relatada pela vereadora Fernanda Garcia (PSOL).
Um dos convocados é William Carlos Rodrigues Pólis, marido de Taty Pólis. A CPI quer ouvi-lo para saber das eventuais relações empresariais da família com a Prefeitura e outras empresas prestadoras de serviços ao Paço. O segundo convocado a depor é João Batista Sigilló Pellegrini, o Tita, ex-diretor de área da Secretaria de Licitações e Contratos da Prefeitura e braço-direito do então Secretário da Pasta, Hudson Zuliani.
“São dois depoimentos importantes para confrontarmos com o que já ouvimos e coletamos de informações anteriormente”, comenta Iara. O único depoente a comparecer na semana passada foi Luis Carlos Navarro Lopez, proprietário da empresa DGentil, que venceu a licitação do contrato de publicidade da Prefeitura e conta com R$ 22 milhões de verba para ações publicitárias.
A empresa é apontada como a responsável por providenciar os pagamentos de R$ 11 mil mensais a Taty Pólis, que atuava como “voluntária” irregularmente no Paço. Navarro negou os pagamentos. Ela está sendo acusada de usurpação de função pública. Taty e o prefeito José Crespo (DEM) negam o pagamento de valores para a atuação dela no Paço.
O relatório parcial entregue pela CPI do Falso Voluntariado serviu de base para a denúncia de Salatiel Hergesel, Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sorocaba (SSPMS), e consequente abertura da Comissão Processante que investigará os atos do prefeito Crespo.