O escritor e comentarista político Rodrigo Constantino criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse que parte da imprensa "endemoniza" o presidente Jair Bolsonaro, durante entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan Sorocaba, nesta manhã de segunda-feira (1). 

A entrevista foi conduzida pelo diretor da JP Sorocaba e apresentador do jornal, Kiko Pagliato. 

"O Brasil precisa se livrar da ameaça petista. Ficam dourando a pílula, chamando Lula de "moderado", isso não engana mais ninguém. Lula já se demonstrou desprovido de caráter, disposto a tudo pelo poder. O eleitorado acordou, o gigante despertou. O Brasil não quer ser vermelho. As pessoas resgataram o senso patriótico", afirmou o escritor. 


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Constantino também disse que parte da imprensa "endemoniza" o presidente Jair Bolsonaro por conta da forma que ele atua na pandemia. "A liberdade de imprensa e de expressão são pilares fundamentais. Concordo que, às vezes, o presidente dá respostas atravessadas e agressivas a jornalistas. Em defesa dele, eu mostraria só um que uma ala da imprensa faz com ele. É impressionante, sem precedentes o grau de "demonização". Na pandemia, o presidente foi tratado como se fosse o próprio vírus em forma humana. Tem gente desejando a morte dele em coluna na Folha de São Paulo. É uma coisa muito virulenta, muito odienta em relação ao presidente. É pedra, pau e porrada para tudo o que é lado. O Lula defende o controle do Estado em relação à imprensa, aí, o buraco é mais embaixo. É realmente censura", disse. 

Durante a entrevista, ele também aproveitou para fazer o que chamou de críticas positivas ao presidente Jair Bolsonaro. "Não seria feito milagre em quatro anos de governo, ainda mais com a oposição que temos. Ele não tem apoio parlamentar de peso, alinhado do ponto de vista ideológico, o que faz dele refém do centrão", defendeu. "A postura do presidente poderia ser de tentar construir mais pontes do que dinamitá-las, talvez, por ser militar, ter essa visão mais binária, de "nós contra eles", ele adota um tom que não ajuda a agregar. Isso pode ser uma crítica construtiva feita à postura do presidente". 

Constantino também opinou que não há espaço para terceira via nas eleições 2022. "O cenário é de polarização. Leio todo dia o Estadão, quase implorando por uma terceira via. É caminho fragmentado, tem divergência entre eles. Nenhum apresenta alternativa para enfrentar Bolsonaro. De novo, eles não convencem eleitorado que tem demanda reprimida de direita", disse.