O presidente da Comissão Processante que investiga supostas irregularidades cometidas pelo prefeito José Crespo (DEM), Silvano Júnior (PV), teria sido ameaçado na noite desta última quinta-feira (23). A informação, do relator da CP, vereador Hudson Pessini, foi revelada durante entrevista ao Jornal da Ipanema, da Rádio Ipanema, edição desta sexta-feira (24).
“As testemunhas estão com medo. Recebendo ameaças. Medo de sair de casa. Medo de ir à Câmara”, disse.
Pessini relatou que, durante a madrugada desta sexta, recebeu quatro ligações do vereador Silvano Júnior, entre à 1 e 2 horas. “Silvano recebeu uma chuva de ameças. Via mensagens e telefonema. Está preocupado e tenso com tudo isso”, disse.
O relator foi informado pelo assessor de Silvano sobre as ameaças ao presidente. Disse que conversaria com o parlamentar ainda nesta manhã para se inteirar sobre o conteúdo. Hudson, que afirma também ter sido ameaçado, entregou seu telefone à Polícia Civil, após ter denunciado o fato.
“O Executivo fica preocupado em fazer manobras, coagir os vereadores”, alegou Pessini. “Vamos fazer uma cartilha da quantidade de manobrar para tentar prejudicar a Comissão Processante”, ironizou.
Hudson relatou ainda que tem reuniões negadas por secretários de Crespo, provavelmente, por fazer parte da CPI. Em um dos exemplos citados, o parlamentar disse que procurou o presidente da Urbes, Luiz Fioravante, para tratar sobre o caso de morte de um ciclista na avenida Fernando Stecca, mas teve o encontro negado com Fioravante afirmando que “não poderia atendê-lo”.
Eloy e a secretária de Cidadania e Participação Popular, Suelei Gonçalves, são os primeiros escolhidos pela comissão para participar de oitivas. Silvano explicou que ambos serão ouvidos em virtude de serem citados na denúncia contra o prefeito. As oitivas serão realizadas no plenário da Câmara Municipal de Sorocaba na próxima terça-feira, dia 28, às 14h.
Nesta última quinta-feira (23) um sorteio definiu o vereador Luis Santos para substituir o vereador Rafael Militão (MDB) na comissão. Militão deixou a cadeira do Legislativo após Cíntia de Almeida, primeira suplente da coligação MDB-DEM-PPS, ser exonerada da Secretaria de Igualdade e Assistência Social.
Santos também participa da Comissão Processante que investiga a vice-prefeita Jaqueline Coutinho (PTB) como presidente.
Cíntia, inclusive, pediu para substituir seu suplente na comissão, o que foi negado pela Câmara e resultou no sorteio. Santos aceitou participar da CP desde que na condição como “vogal”, mesma função ocupada por Militão.