Cida Muniz
Na sessão da Câmara de Sorocaba desta quinta-feira (8) foi instalada a CEI (Comissão Especial de Inquérito) do Choque, para apurar o incidente que ocorreu no dia 3 de novembro, no PA (Pronto Atendimento) do Parque das Laranjeiras, quando a munícipe Célia Ramos foi atingida por uma arma de choque disparada por um guarda civil municipal.
A Comissão, apelidada de CEI do Choque, será presidida pelo vereador Hudson Pessini (MDB), que apresentou o requerimento solicitando que ela fosse instaurada, e terá relatoria do vereador Péricles Régis (MDB).
Célia Ramos, em uma transmissão ao vivo por uma rede social, mostrou os consultórios do PA vazios e reclamou que estava passando mal e não havia médicos. Posteriormente um médico a chama de “louca” e pede a colaboração do GCM que acaba disparando uma arma de choque contra a munícipe que vai ao chão.
Recentemente, três médicos que trabalhavam no Samu foram exonerados, após denúncia dos vereadores Vitão do Cachorrão (MDB) e Fausto Peres (Podemos), que constaram que havia apenas um médico de plantão, apesar de três constarem na escala.
A Prefeitura encaminhou o caso à Corregedoria que verificou as filmagens de 30 dias na unidade do Samu, constatando que essa era uma prática rotineira, um médico ficava trabalhando e os outros dois, apesar de marcarem ponto, abandonavam o trabalho.
A CEI deve ouvir as partes envolvidas, mas também solicitar gravações do PA em outros dias, para ver se os profissionais médicos têm atendido conforme a escala de trabalho.
CEI DA TENDA DOS MILAGRES – Já a CEI da Tenda dos Milagres, que averigua possíveis irregularidades no serviço prestado pela Cies Global, que tinha tendas e trailers instalados no Centro de Saúde do Jardim São Guilherme, também presidida pelo vereador Hudson, está na fase de auditoria.
Os membros da CEI estão tentando junto ao Judiciário, que o auditor possa tirar cópias das fichas dos pacientes para saber por quais procedimentos eles passaram, pois a empresa permite somente a consulta em sua sede em São Paulo.
Outra medida para que a CEI prossiga com os seus trabalhos, foi um projeto do próprio Pessini aprovado pela Câmara, na qual a Comissão pode ter mais tempo, no caso 45 dias, para a análise documental, não contando o prazo de 90 dias, prorrogável por mais 90, esse período para verificar os documentos.