10 de Dezembro de 2024
Informação e Credibilidade para Sorocaba e Região.

Cartão vermelho de Bolsonaro não foi para mim, diz Guedes sobre ameaça de demissão

Jovem Pan News
Postado em: 15/09/2020

Compartilhe esta notícia:

Jovem Pan News

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a ameaça de demissão dada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao anunciar o fim das discussões do Renda Brasil na manhã desta terça-feira, 15, não foi para ele. Em um vídeo divulgado no seu perfil oficial do Twitter, Bolsonaro afirmou que merece “cartão vermelho” quem propor mexer em benefícios de idosos e deficientes públicos para financiar o Renda Brasil. “O cartão vermelho não foi para mim, conversei com ele hoje cedo”, afirmou Guedes durante o webnário Painel Telebrasil 2020, promovido pela Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil). A fala do ministro estava prevista para as 9 horas, porém, foi adiada por causa de uma reunião de emergência com o presidente. Momentos depois, Bolsonaro anunciou o fim das discussões para a criação do Renda Brasil, o projeto social do governo federal para substituir o Bolsa Família.

O ministro defendeu a fala do presidente e afirmou que o vídeo divulgado nesta manhã foi uma “declaração política” diante a divulgação na imprensa de que o governo estuda congelar o salário mínimo e benefícios pagos pela previdência social. A fonte de financiamento foi o principal percalço para a formulação do Renda Brasil. “A decisão do presidente foi correta. Se a mídia toda está dizendo que estou tirando dinheiro dos pobres, vou anunciar em alto e bom som: não vou fazer isso. Não vou anabolizar o Renda Brasil e buscar a popularidade sendo irresponsável”, afirmou o ministro. No fim de agosto, Bolsonaro já havia repreendido a sua equipe econômica publicamente ao afirmar que não poderia “tirar de pobres para dar para paupérrimos”. À época, Guedes afirmou que a declaração havia sido uma “entrada perigosa”, também usando uma metáfora futebolística para explicar a relação com o presidente.

Segundo o ministro, a proposta para financiar o Renda Brasil passa pela desindexação da verba pública, o principal ponto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do pacto federativo, enviado pela equipe econômica no fim do ano passado. “Os prefeitos e governadores têm que decidir como vão gastar, o presidente da República, eleito com 60 milhões de votos, tem o direito de decidir como usar os recursos públicos. A essência da política é poder decidir o que fazer com os recursos.”

Mais cedo, o presidente anunciou que, até 2022, em seu governo, não se fala mais em Renda Brasil. Ele citou que acordou surpreendido por manchetes em todos os jornais com especulações sobre o tema. “Jamais vou tirar dos pobres para dar para paupérrimos”, disse. “Quem, por ventura, venha propor medidas como essas eu só posso dar cartão vermelho. É gente que não tem o mínimo de coração e entendimento de como vive o aposentado. Pode ser que alguém da equipe econômica falou, mas não o governo.” Jair Bolsonaro ainda disse que jamais vai congelar salário de aposentados ou fazer com que o auxílio para idosos e pessoas com deficiência seja reduzido por qualquer coisa. “Até 2022, no meu governo, está proibido falar a palavra Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final”, completou.

 

  •  

Compartilhe:

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Vereadores se despedem e aprovam Orçamento para 2021

Festival de Inverno de São Roque começa nesta sexta

Confiança do comércio tem maior nível desde março de 2020, diz CNC

AGU pede que STF esclareça se criminalização da homofobia atinge liberdade religiosa

Brasil e Argentina assinam declaração que fortalece economia cultural

Gay, maquiador releva declarações de presidente e vira defensor de Bolsonaro