Fabrício Lobel, FOLHAPRESS
A cidade de São Paulo registrou, em 2018, 884 mortes em seu trânsito. O número representa apenas uma morte a menos do que em 2017, o que para fins estatísticos, significa a estagnação da redução de mortalidade por esta causa na cidade.
Para se ter uma ideia, em 2016, a cidade havia conseguido reduzir 14% das mortes no trânsito, na comparação com o ano anterior. Entre as justificativas apontadas por especialistas estão desde a crise econômica, que reduz o número de viagens feitas na cidade, a políticas públicas que visam a segurança viária, como a redução de velocidades máximas em avenidas.
No ano de 2017, a redução foi de 9%. Em 2018, a redução foi de apenas 0,1%. A prefeitura de São Paulo tem uma meta de reduzir o número de mortes até o término da atual gestão, em 2020.
Os dados são do Infosiga, gerenciado pelo governo do estado. A contagem das mortes é diferente da feita pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), vinculada à prefeitura. Entre as diferenças de metodologia, está o tempo que a análise aguarda para saber se uma vítima de trânsito morreu após ser hospitalizada.
Na capital paulista, a maior variação nas mortes foi o aumento de vítimas que estavam se locomovendo de motocicletas. Em 2017, foram 305 mortes neste modal. Em 2018, foram 360, num aumento de 18%.