Artur Rodrigues e Natália Cancian, da Folhapress
O Brasil atingiu a marca de 96.559 contaminações confirmadas pelo novo coronavírus e 6.750 mortes, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde neste sábado (2).
De acordo com o governo, foram 421 novas mortes e 4.970 novos casos confirmados de coronavírus nas últimas 24 horas. A mortalidade está em 7%. Há ainda outras 1.330 mortes em que se investiga a contaminação pelo vírus. Até agora, 41 mil infectados já se recuperaram, segundo os dados do governo.
Estado mais afetado, São Paulo teve 2.586 mortes e 31.174 casos. Comparando com dados de dez dias atrás, quando havia 1.134 vítimas fatais, as mortes subiram 128%. Havia casos em 241 cidades, e agora já são 332 municípios com registros.
O índice de isolamento social vem caindo em São Paulo, o que preocupa autoridades. Nesta sexta (1º), um feriado, ele foi de 56%. Na quinta (30), porém, essa taxa chegou a 46%, menor marca das últimas semanas.
Com esses índices e o alto número de contaminações, a capital paulista não relaxará a quarentena depois de 10 de maio. Além disso, a partir desta segunda (4), a prefeitura fará bloqueios em avenidas para tentar conter a circulação de pessoas.
Atrás de SP vem Rio de Janeiro, com 971 mortes e 10.546 contaminações confirmadas. Outros estados com alto número de mortes são Ceará (638), Pernambuco (628) e Amazonas (501).
Manaus, capital do Amazonas, foi a primeira cidade do país a ver seus sistemas colapsarem pela doença. A cidade é também a única até agora a enterrar mortos em valas coletivas após os óbitos terem crescido 179,5% no mês de abril, em comparação com o mesmo período do ano passado
Apesar disso, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) anunciou na quinta-feira (30) um plano de reabertura escalonada do comércio não essencial em Manaus daqui a duas semanas.
O Brasil é um dos países com mais contaminações pelo novo vírus.
O epicentro mundial, hoje, são os Estados Unidos, que até a tarde deste sábado confirmava cerca de 1,12 milhão de contaminações, segundo monitoramento da universidade americana Johns Hopkins. Já morreram até agora 65,6 mil pessoas no país.
Na sequência, vem a Espanha, com o dobro de casos do Brasil, cerca de 214 mil contaminações. Lá, no entanto, o pico já passou, isto é, o número de novos casos vem diminuindo. Isso permitiu o país começar a afrouxar o lockdown (quarentena severa, com proibição de sair à rua sem justificativa). Os espanhóis puderam sair às ruas para praticar atividades físicas pela primeira vez neste sábado.
Itália, Reino Unido e França aparecem na sequência.