O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) visita, nesta quarta-feira (21), o Centro Experimental Aramar, em Iperó, para acompanhar o início da montagem do reator do Programa Nuclear da Marinha. O evento ocorre a partir das 10 horas, no complexo do Laboratório de Geração Nucleoelétrica (LABGENE), onde o protótipo em terra da planta de propulsão nuclear está sendo construído.
O início da montagem do reator corresponderá ao chamado “batimento de quilha”, tradição naval que representa o início da construção de um navio. No caso da planta nuclear, a tradição será seguida com a instalação de uma sela fixa sobre o inserto metálico do vaso de contenção, que também é chamado de “Bloco 40” no LABGENE.
Além de Bolsonaro, o evento contará com o Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, do Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Júnior, além de outras autoridades e representantes de órgãos, instituições e empresas participantes do Programa Nuclear da Marinha.
Nas próximas etapas do programa, o reator, os turbogeradores, o motor elétrico e outros sistemas similares aos de um submarino com propulsão nuclear serão testados de forma controlada no LABGENE, com objetivo principal de se validar, de forma segura, a operação do reator e dos diversos sistemas eletromecânicos a ele integrados, antes de sua instalação a bordo do submarino.
Ao final dos testes, um reator similar ao que começa a ser montado no LABGENE será instalado no submarino “Álvaro Alberto”, no Complexo Naval de Itaguaí, Sul do estado do Rio de Janeiro, onde já estão sendo construídos ou testados os quatro submarinos com propulsão dieselelétrica também previstos no PROSUB: o “Riachuelo” (S-40), o “Humaitá” (S-41), o “Tonelero” (S-42) e o “Angostura” (S-43).
Visita a Campinas
O presidente também visita a cidade de Campinas nesta quarta-feira, para a cerimônia de abertura da primeira linha de luz Sirius. Na sexta-feira (23), irá para Iperó, na região de Sorocaba (SP). O Sirius é a mais complexa infraestrutura científica do país. Localizado no município paulista, o laboratório integra o CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais).
O aparelho pode analisar a estrutura e o funcionamento de estruturas micro e nanoscópicas, como átomos, moléculas e vírus. É como se os pesquisadores pudessem tirar um raio-x em três dimensões de materiais e partículas pequenas e densas, como rocha, aço e até neurônios.