Atualizado às 8h33
O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região realizou, junto a trabalhadores, um Ato Unificado contra as demissões ocorridas na montadora Toyota, nesta manhã de terça-feira (25). Segundo o SMetal, cerca de 1.500 pessoas participaram da manifestação.
O ato começou às 6 horas e encerrou por volta das 8h20. Após o término, trabalhadores seguiram para cumprir seu expediente normalmente.
O presidente do SMetal, Leandro Soares, está no local e fala com os trabalhadores e sistemistas presentes. Uma das reivindicações do sindicato é para que os funcionários demitidos sejam readmitidos assim que surgirem novos projetos da montadora.
De acordo com o sindicato, o ato, além de ser contra as demissões, também ocorre pela manutenção do emprego e luta por novos projetos na Toyota.
A montadora anunciou o corte de 740 postos de trabalho em Sorocaba e mais 100 em Porto Feliz, na fábrica de motores. As demissões começaram a ocorrer neste mês. As sistemistas, que são empresas que fornecem peças e equipamentos para a Toyota também estão sentindo os cortes.
Após reunião com secretários municipais e o prefeito José Crespo (DEM), realizada na última sexta-feira (21), Soares ressaltou a necessidade de se buscar investimentos para a planta de Sorocaba. “Levamos nossa preocupação referente às demissões no setor metalúrgico, e mais que isto, alternativas para o prefeito na busca de uma política industrial para o país e futuros investimentos pra Sorocaba e Região”, destacou.
De acordo com o presidente é preciso cobrar os poderes públicos nas esferas municipal, estadual e federal, uma política industrial para o país, “com o grande objetivo buscar novos investimentos públicos e privados, para a retomada da indústria e da geração de empregos”.
Uma das medidas anunciadas durante a reunião é a do cadastramento no PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) e a disponibilidade de vagas na Universidade do Trabalhador para qualificação desses trabalhadores.
Em união com o sindicato, outras medidas serão tomadas como cobrar do governo do Estado que o ICMS da montadora não seja mais retido, como havia ocorrendo.
A orientação dos dirigentes sindicais é para que nenhuma fábrica tome medidas sem antes negociar com o sindicato. “Podemos tentar verificar alguma alternativa para amenizar o impacto da queda de produção da montadora e estamos atentos para que nenhum trabalhador seja prejudicado em seus direitos”, pontua Leandro.
O SMetal, por fim, informou que uma comissão com representantes da prefeitura e sindicato foi formada para tratar das medidas cabíveis.