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Condenado a 48 anos, atirador do shopping Morumbi, em SP, pode deixar a cadeia após 20 anos

Folhapress
Postado em: 04/11/2019

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João Pedro Pitombo, FOLHAPRESS

 

Preso há 20 anos após matar três pessoas e ferir outras quatro com uma submetralhadora em um cinema do Morumbi Shopping, em São Paulo, Mateus da Costa Meira, 44, pode deixar a cadeia. 

 

Condenado a 48 e nove meses de reclusão, ele foi submetido a exames médicos e psicológicos e ficou constatado que ele não apresenta alterações no comportamento que indiquem periculosidade. 

 

A informação, divulgada no domingo (3) pelo portal R7 e confirmada pela reportagem, consta em um despacho do Tribunal de Justiça da Bahia que indica que Mateus está "apto a desinternação" para retornar à vida em sociedade. 

 

O Ministério Público do Estado da Bahia solicitou que os exames sejam refeitos para ter maior certeza acerca dos resultados. Considerado inimputável (que não pode ser considerado responsável pelos atos), Mateus está recluso no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Salvador. 

 

O crime ocorreu há 20 anos, no dia 3 de novembro de 1999. Na época, o então estudante de medicina de 24 anos estava em uma sessão do filme "Clube da Luta" no cinema em um shopping no Morumbi. No meio da exibição do filme, ele foi ao banheiro, de onde tirou uma submetralhadora de uma sacola.

 

Ao retornar para a sala de cinema, ele disparou dezenas de tiros nos demais espectadores. Dominado por seguranças, ele foi detido e levado ao Distrito Policial. Julgado em 2004, Mateus da Costa Meira foi condenado a 120 anos e seis meses de prisão pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

 

Em 2007, a pena foi reduzida para 48 anos e nove meses. Em 2009, já cumprindo pena em Salvador, ele tentou matar com golpes de tesoura seu companheiro de cela, o espanhol Francisco Vidal Lopes. Acabou sendo transferido para um hospital psiquiátrico. 

 

Dois anos depois, por decisão da 1º Vara do Tribunal do Júri de Salvador, Mateus foi considerado inimputável após solicitação da defesa e da Promotoria. A decisão foi baseada em laudo que apontou que ele tinha esquizofrenia.

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