06 de Maio de 2024
Informação e Credibilidade para Sorocaba e Região.

Arquidiocese pede que presidente da Câmara de SP envie denúncias que diz ter sobre padre Júlio

Foto: Agência Brasil.
Postado em: 17/01/2024

Compartilhe esta notícia:

Guilherme Seto para Folhapress

 

Arcebispo de São Paulo, o cardeal dom Odilo Scherer encaminhou ofício ao presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), solicitando o envio das "denúncias de extrema gravidade" que o vereador disse ter recebido a respeito do padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua.


Como revelou o Painel, da Folha de S.Paulo, o vereador Rubinho Nunes (União) tem articulado para fevereiro a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na qual o padre seria o principal alvo. Em entrevista à coluna Mônica Bergamo, Leite disse ter recebido as acusações e que as encaminharia ao Ministério Público de São Paulo, à CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) e ao Vaticano. Ele não revelou o teor do material até o momento.


O presidente da Câmara afirma à reportagem que recebeu o ofício e já solicitou uma reunião com o cardeal para a entrega do conteúdo. Em nota, a Arquidiocese de São Paulo afirma que, após tomar conhecimento da entrevista, "enviou um ofício ao referido vereador, solicitando que a suposta denúncia fosse transmitida".


"A Arquidiocese desconhece o teor das supostas acusações mencionadas pelo vereador e lamenta não ter sido informada devidamente a seu respeito", completa.


No começo do mês, a Arquidiocese disse acompanhar "com perplexidade" a possível abertura da CPI. Formalmente, a investigação tem como objeto o trabalho das ONGs que atuam no centro de São Paulo. Nas redes sociais e em entrevistas, no entanto, o vereador Rubinho Nunes deixou claro que o principal alvo é o padre, de quem é um crítico.


Tanto é assim que a escolha das duas entidades que deverão estar no escopo da CPI, Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecida como Bompar, e o coletivo Craco Resiste, seriam as mais próximas da atuação do padre, na leitura do vereador. A primeira é uma entidade filantrópica ligada à igreja católica da qual o padre Júlio foi conselheiro, mas hoje não é mais. A segunda atua contra a violência policial na região da cracolândia.


O padre afirmou à reportagem que não faz parte de nenhuma ONG e não tem qualquer envolvimento com projetos que envolvam dinheiro público, e que, por isso, não vê sentido em ser investigado.

Compartilhe:

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Prefeitura de Sorocaba e Exército fazem desinfecção de ruas do centro a partir das 19h

VÍDEO - Manga "põe a mão na massa" e ajuda em revitalização do Pq. São Bento

Lira cede, chega a acordo com oposição e coloca PT e PSB na mesa de comando da Câmara

Tebet: reforma tributária pode incrementar PIB em 1% a partir de 2025

Polícia prende acusado de matar crianças de 3 e 8 anos por ciúmes

Dia D de vacinação contra sarampo para adultos de 20 a 29 anos ocorre neste sábado