Quem for aprovado no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), chamado de Enem dos Concursos, que tem as provas marcadas para este domingo (18/8), vai começar a atuar no serviço público a partir de janeiro de 2025.
O anúncio foi feito pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, durante participação no programa Bom Dia, Ministra desta quinta-feira (15/8), transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Esther Dweck afirmou que as convocações começam a ocorrer após o resultado final do concurso, previsto para ser divulgado no dia 21 de novembro.
“A nossa expectativa é que as pessoas entrem efetivamente em janeiro de 2025, principalmente para aquelas carreiras que não têm o curso de formação como etapa da seleção. Para as carreiras que têm cursos de formação, ou seja, no dia 21 de novembro eu sei quem passou na prova, mas ela ainda precisa fazer um curso de formação, ser aprovada no curso de formação, para efetivamente tomar posse, a gente vai começar a chamar a partir de novembro já essas carreiras, para que esse curso de formação comece provavelmente também em janeiro”.
“As pessoas devem ficar muito atentas porque a gente faz três chamadas. Se a pessoa não atende as três chamadas, ela tá fora e chamamos novas pessoas. Os cursos de formação duram três meses. Mais ou menos, ela vai entrar a partir de abril”, explicou a ministra
Durante o programa, Esther Dweck também deu mais detalhes sobre os preparativos para esta reta final e informações para os candidatos realizarem as provas no domingo. Entre elas, para que os concorrentes acessem o cartão de confirmação de inscrição. Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, até a tarde de quarta-feira (14/8), apenas 35% dos inscritos no concurso haviam acessado o cartão, que possui o local de realização das provas.
Desde 7 de agosto, o documento está disponível na página do concurso, na Área do candidato.
Mais de 2,1 milhões de candidatos em todo o Brasil estão inscritos para realizar as provas do concurso. A seleção reserva 6.640 vagas para 21 órgãos públicos federais. As provas vão ser realizadas em 228 cidades de todas as regiões e estados.
As provas seriam aplicadas inicialmente em 5 de maio, mas foram adiadas em função do desastre climático no Rio Grande do Sul.
Com a mudança, foi permitido que os candidatos pudessem desistir do concurso e solicitar o reembolso da taxa de inscrição. Segundo a ministra, 30 mil pessoas solicitaram a desistência.
De acordo com o novo cronograma definido pelo Governo Federal, as provas vão ser divulgadas no domingo (18/8), a partir das 20 horas, duas horas após o horário final do concurso, e o gabarito preliminar deve ser divulgado no dia 20 de agosto.
No bate-papo com radialistas de várias regiões do país, Esther Dweck vai detalhou a logística de preparação e todos os cuidados do Governo Federal para garantir que a prova seja aplicada com segurança.
“O desafio logístico foi enorme. Por isso são 200 mil pessoas envolvidas. Todo o esquema de segurança da prova, desde o início, com inteligência cibernética, depois o acompanhamento das provas, quando a gente teve que trazer as provas de volta para um local seguro, foram conferidas, não aconteceu nada, e agora estamos no processo de levar as provas para os estados e, no sábado, distribuir para os locais de prova. Mas isso com um esquema de segurança gigantesco”, disse a ministra.
A titular da pasta da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos que a decisão de realizar o concurso unificado e em várias cidades foi uma decisão que levou em conta políticas públicas.
Segundo a ministra, desde 2016 mais de 70 mil funcionários deixaram o serviço público. O ministério vem fazendo um trabalho com outros órgãos federais para levantar a real necessidade de servidores. Esther Dweck afirmou que a intenção e chegar a 21 mil servidores contratados via concurso público no período entre 2023 e 2026. Para o ano que vem, existe a previsão de abrir sete mil vagas no serviço público federal. E que essas vagas podem ser preenchidas com o cadastro de reserva do CPNU, chamado de Banco de Candidatos, ou com novos concursos para áreas que não foram contempladas no Enem dos Concursos.
Entre as possibilidades citadas pela ministra, está a realização da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado em agosto do ano que vem. Para isso, o edital deve ser publicado até março de 2025.
"A gente tem muita vontade de realizar um novo (CPNU), mas lembrando que foi voluntário aos órgãos a adesão ao concurso. Então conforme a gente está autorizando novas vagas, a gente tem conversado com os órgãos da possibilidade de fazer um novo concurso unificado no ano que vem. A gente ainda não tem essa decisão. Vamos fazer o balanço e no segundo semestre tomar essa decisão para até o início do ano que vem, se tiver um novo, a gente anunciar e publicar o edital”, explicou.
O Concurso Público Nacional Unificado vai ser realizado em dois períodos no domingo. Os portões serão abertos duas horas antes do início das provas, sempre no horário de Brasília. De manhã, as provas começam às 9 horas, com fechamento dos portões às 8h30. Os candidatos têm até 11h30 para responder as questões. Nesse período, os candidatos do ensino superior (blocos 1 a 7) terão que responder 20 questões objetivas sobre conhecimentos gerais, além de uma questão dissertativa. Já os candidatos do ensino médio (bloco 8) responderão 20 questões objetivas sobre Língua Portuguesa, além de fazer uma redação.
De tarde, a prova começa às 14h30, com fechamento dos portões meia-hora antes. A prova segue até às 18 horas. O nível superior terá 50 questões objetivas sobre conhecimentos específicos. Haverá uma avaliação diferente para cada bloco temático. E a prova de nível médio será formada por 40 questões objetivas.