Catia Seabra, FOLHAPRESS
Novos depoimentos e imagens captadas pelas câmeras contrariam a versão da youtuber Karol Eller de que teria sido vitima de homofobia durante uma briga na manhã de domingo (15), em um quiosque Barra de Tijuca, no Rio de Janeiro.
Após ouvir três funcionários e o proprietário do quiosque Tia Augusta, a titular da 16ª Delegacia de Polícia, Adriana Belém, afirmou, nesta quinta-feira (19), que o acusado, Alexandre dos Silva, de 42 anos, não será mais investigado pelo crime de injúria por preconceito, mas por lesão corporal.
Além disso, Karol também passará a ser investigada na condição de agressora. Alexandre, por sua vez, também será tratado como vítima durante a investigação.
"Alexandre será autor e vítima. Karol será vítima e autora", explica a delegada.
Segundo as cenas registradas pelas câmeras e as testemunhas, foi Karol quem deu início à briga.
Alexandre já deixava o quiosque e estava na ciclovia da Orla da Barra quando Karol foi em sua direção para atacá-lo.
Ainda de acordo com os depoimentos, Karol empunhou uma arma, a colocou na cintura e chegou a agredir a própria namorada pouco antes da confusão.
Imagens mostram que Karol agrediu a namorada e o agente penitenciário Carlos Guilheme de Oliveira.
Karol chegou a cair durante a briga e, por isso, será submetida a novos exames para que seja descartada a hipótese de ter se machucado mais gravemente em consequência de uma queda.
Como prestaram depoimentos falsos à Polícia, a youtuber e sua namorada, a policial civil Suellen Silva dos Santos, serão denunciadas por denunciação caluniosa.
"Karol passou a ser investigada por lesão corporal e denunciação caluniosa", afirma Belém.