O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Sorocaba, Milton Sanches, afirmou que a crise financeira enfrentada pela saúde municipal atualmente "é sem precedência". Sua fala foi ao ar durante o Jornal da Ipanema, da Rádio Ipanema, nesta manhã de sexta-feira (8).
Nesta sexta, às 14 horas, haverá assembleia com funcionários da Santa Casa Sorocaba, que provalvemente culminará em anúncio de greve, informou o presidente do SindSaúde. Na reunião, deverá ser votada paralisação que cumprirá aviso prévio de 72 horas antes de ela ser iniciada, possivelmente a partir de terça-feira (12), mesma data em que é previsto o repasse de R$ 1,9 milhão prometido pela prefeitura para pagamento dos funcionários. "Se chegar terça e houver algum imbróglio, os trabalhadores irão parar. Pela conversa dos grupos, eles estão revoltados com a insegurança".
"Sorocaba nunca teve histórico dessa fase de acabar [dinheiro na área da Saúde] no meio do caminho", refere-se Sanches à alegação feita pela prefeita Jaqueline Coutinho de que fonte para verba na saúde se encontra em escassez desde agosto deste ano.
Ainda segundo o presidente, sobre a falta de dinheiro, "imagino que seja por conta das terceirizações. Nunca chegaram para conversar conosco. [A terceirização] Não foi aprovada por nós".
O padre Flávio Jorge Miguel Júnior, gestor da Irmandade da Santa Casa Misericórdia de Sorocaba, alertou os vereadores, por meio de mensagem, que não há novamente dinheiro para pagar os 900 funcionários que trabalham na unidade. Após o anúncio da situação, a prefeita Jaqueline Coutinho marcou reunião com ele e prometeu depositar R$ 1,9 milhão que garantiria o salário dos trabalhadores.