A ARES-PCJ, agência reguladora e fiscalizadora dos serviços prestados pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Sorocaba apresentou nesta semana o relatório da última inspeção que realizou nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) instaladas na cidade e a eficiência constatada ficou entre 93% e 99%.
De acordo com as exigências dos órgãos ambientais fiscalizadores, uma ETE deve apresentar eficiência mínima de 80%, ou seja, o afluente recebido deve resultar num efluente livre de 80% da carga orgânica, após o processo de tratamento.
“Esse é mais um resultado que reflete a seriedade do trabalho desenvolvido pela autarquia e o nível de qualidade e comprometimento dos nossos funcionários. A exemplo do que acontece com a água, o tratamento de esgoto exige uma série de fatores que contribuem para a sua eficiência, incluindo investimentos constantes em manutenção e ampliação, o conhecimento e aplicação de técnicas e muita dedicação”, destaca o diretor-geral da autarquia, engenheiro Mauri Gião Pongitor.
O trabalho apresentado pela ARES-PCJ, executado trimestralmente, corresponde à fiscalização realizada no mês de março, ente os dias 4 e 18, envolvendo as ETEs S-1; S-2; Pitico, Itanguá, Aparecidinha, Quintais do Imperador e Carandá. Na oportunidade, o agente fiscalizador visitou as unidades e realizou coletas do esgoto bruto recebido e do efluente após o tratamento em cada uma delas, que foram analisadas em laboratório creditado.
Dentre os parâmetros analisados, o principal deles – e determinante para a definição da eficiência de cada ETE – é a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), que corresponde à quantidade de oxigênio consumida por microrganismos presentes numa determinada amostra, durante um período.
Eficiência média de 96%
De acordo com os números apresentados, a ETE S-1 apresentou DBO de entrada de 439 miligramas por litro e 12 mg/l de saída, resultando em eficiência de 97,2%; a ETE S-2 mostrou 242 mg/l de entrada e 3 mg/l de saída, portanto com eficiência de 98,7% na remoção de DBO; a ETE Pitico 409 mg/l de entrada e 17 mg/l de saída (eficiência de 95,8%); ETE Itanguá 342/3 (eficiência de 99,1%); ETE Aparecidinha 47/3 (93,6% de remoção da DBO); ETE Quintais do Imperador 321/10 (remoção da DBO de 96,8%) e ETE Carandá apresentou DBO de entrada de 386 e de saída 18, com eficiência de 95,3% de remoção da demanda bioquímica de oxigênio.
A média de eficiência reunindo a performance de todas as ETEs de Sorocaba, nesta última fiscalização realizada pela ARES-PCJ, ficou portanto em 96,6%.
Monitoramento constante
Visando a manutenção e ampliação dos índices de eficiência das suas ETEs, o Saae/Sorocaba mantém uma rotina diária de controle próprio, com coletas de amostras e análises em todas as unidades.
O trabalho desenvolvido é concentrado nos laboratórios da ETE S-1, a maior da cidade, localizada no final da avenida 15 de Agosto, marginal direita do rio Sorocaba, onde um corpo de funcionários, que reúne biólogos, laboratoristas, técnicos químicos e agentes de apoio, realiza uma média mensal de 800 análises diversas.
Tratamento biológico
O processo de tratamento realizado pela autarquia em suas ETEs é do tipo biológico, sem a adição de produtos químicos. Desta forma, o sistema empregado é o aeróbio, que basicamente cria as condições necessários, por meio de oxigenação, para a proliferação de micro-organismos, que por sua vez são os responsáveis pela “digestão” da carga orgânica presente no esgoto de entrada.