24 de Abril de 2024
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Acusado de assassinar Rafaela tem nove passagens e estava no semiaberto

Postado em: 31/05/2019

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Paulo César Manoel, de 40 anos, detento acusado de matar a estudante Rafaela de Campos, de 19 anos, tem várias passagens policiais por diversos crimes. A jovem foi encontrada morta no rio Sorocaba na última segunda-feira (27).

Segundo a Polícia Civil, Manoel tem 5 passagens por furto, 3 por roubo e uma por atentado violento ao pudor (estupro). Ele atualmente está condenado por roubo e estupro com pena de 19 anos de prisão. Agora, responderá também por latrocínio (roubo seguido de morte) por causa do crime que vitimou Rafaela.

Por “bom comportamento” na cadeia, Manoel atualmente cumpria parte da pena por atentado violento ao pudor (estupro) em regime semiaberto. Além disso, havia recebido o benefício chamado de “saidinha de Dia das Mães”, na sexta-feira do dia 24 de maio, da Penitenciária “Dr. Antonio de Souza Netto”, em Aparecidinha. Ele deveria retornar à prisão na segunda (27). Mas antes disso, na mesma segunda, na pensão que ele se instalou para ficar fora da cadeia, ele cortou a tornozeleira eletrônica que o rastreia e fugiu. O dinheiro com que ele pagou a hospedagem foi paga de seu próprio bolso por meio do auxílio-detento.

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Paulo César Manoel nas fotos divulgadas pela Polícia Militar nesta noite de quinta-feira, no momento em que foi capturado / Foto: PM/divulgação

Em coletiva à imprensa, na tarde desta quinta-feira (30), Luciane Bachir, responsável pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) confirmou que Manoel tem passagens por furto, roubo e estupro. “São 25 anos de condenação, uma ficha policial extensa e foi beneficiado pela lei.”

Ainda de acordo com informações da polícia o criminoso foi identificado por meio de um conjunto de provas como: imagens de câmeras de segurança e trabalho de inteligência policial. Para o delegado Marcelo Carriel, da Delegacia Seccional de Sorocaba, o sistema Judiciário precisa mudar. “Elementos perigosos como este, não podem ser beneficiados”, finalizou.

Preso na capital

Paulo César Manoel foi preso pela Polícia Militar, nesta noite de quinta-feira (30), na capital paulista, poucas horas após o anúncio de sua identificação como o acusado pelo homicídio.

Manoel foi detido durante patrulhamento de rotina, na Vila Maria, em São Paulo. De acordo com informações da Polícia Civil, o criminoso foi abordado por volta das 18 horas, na rua Curuçá. Ao consultar o documento de identidade dele, os PMs constataram que ele estava foragido da Justiça, além de ser acusado pelo assassinato de Rafaela. Ele foi conduzido ao 72º Distrito Policial na capital.

A PM questionou em vídeo Manoel a respeito do crime ocorrido em Sorocaba, no qual o suspeito rende Rafaela em um ponto de ônibus em Sorocaba, a leva até um trecho próximo ao rio Sorocaba, já na altura da avenida Nogueira Padilha, e depois foge. Manoel confirma que está foragido da penitenciária e de que era procurado por homicídio (agora, latrocínio – roubo seguido de morte) no município. Ele confirma o encontro com ela, mas não confessa que a matou ou a afogou. Ainda, afirma à policial que o questiona que “só falará em juízo”.

Assista ao vídeo (feito e divulgado pela Polícia Militar – a autoria não é do portal)

O assassino e como ocorreu o crime

Paulo César Manoel é detento em regime semiaberto. Câmeras de segurança registraram o momento em que a jovem foi abordada e feita refém pelo criminoso. O criminoso abordou a vítima num ponto de ônibus, na rua Paula Santos, na região central, na noite de domingo (26).

Até então, o crime, que era investigado como homicídio, passou a ser considerado como latrocínio, pois os pertences de Rafaela não estavam com ela quando o corpo da vítima foi encontrado.

Imagens ainda mostram o criminoso caminhando e segurando a jovem pelo braço, na pista de caminhada da avenida Dom Aguirre, às margens do Rio Sorocaba. Toda a ação dura menos de meia hora. Logo após deixar a vítima à beira-rio, o agressor é visto pela ultima vez caminhando sozinho subindo pela rua do Terminal São Paulo.

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Em câmera de monitoramento, Manoel é flagrado puxando Rafaela pelo braço até certo trecho do rio Sorocaba / Foto: divulgação/ Polícia Civil

Segundo o delegado Marcelo Carriel, longe da vista das câmeras, Rafaela teria tentado lutar contra seu agressor e neste momento, ao que tudo indica, ele teria esganado-a e a jogado desmaiada no rio. A jovem, apesar de estar desfalecida, ainda respirava e foi encontrada água em seu pulmão, por isso o laudo apresentado demonstrou que a causa da morte seria por afogamento.

A morte de Rafaela

O corpo de Rafaela foi encontrado no fim da tarde de segunda-feira (27), no rio Sorocaba. A jovem, moradora de Votorantim, desapareceu após sair de casa para prestar vestibular. Seu corpo foi encontrado por pedestres no rio Sorocaba, próximo à avenida Nogueira Padilha. Bombeiros resgataram o corpo.

Rafaela havia saído de casa no domingo (26), pela manhã, para prestar vestibular em uma faculdade localizada no Centro de Sorocaba e depois disso não deu mais notícias à família.

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Rafaela de Campos, a vítima, estudante, havia ido fazer um vestibular no dia em que foi assassinada. Ela tinha 19 anos. Foto: reprodução/Facebook

A faculdade Esamc, em nota oficial, informa “que a jovem Rafaela de Campos prestou vestibular nesta instituição de ensino no último domingo, dia 26 de maio, tendo saído das instalações por volta das 18h25. Com muita tristeza, solidarizamo-nos com os familiares e amigos de Rafaela. Colocamo-nos à disposição para o fornecimento de todas as informações possíveis, que porventura colaborem com as investigações e solução do caso”.

Câmeras de segurança registraram a jovem caminhando por várias ruas do Centro por volta das 18h30.

Segundo a Polícia Civil, o laudo demonstrou que a causa da morte de Rafaela seria afogamento.

A mãe da garota registrou boletim de ocorrência por desaparecimento no início da manhã de segunda-feira (27), relatando que a filha saiu de Votorantim para ir fazer a prova em Sorocaba no domingo, por volta das 11h30, e que não tem o costume de sair de casa sem retornar.

A princípio, explicou a delegada Luciane Bachir, havia a hipótese de Rafaela ter entrado em um carro de transporte por aplicativo, porém a informação foi totalmente descartada durante a investigação.

O corpo de Rafaela foi sepultado na última quarta-feira (29), no cemitério São João Batista, em Votorantim.

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