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À Polícia, acusado de matar estudante nega que tenha cometido crime

Postado em: 02/07/2019

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O acusado pela Polícia Civil de matar a estudante Rafaela de Campos, de 19 anos, Paulo César Manoel, de 40 anos, alegou ter discutido com a jovem no dia do crime, nas não confessou sua morte, durante depoimento na Delegacia de Investigações Gerais (DIG).

A oitiva ocorreu durante a tarde desta segunda-feira (1). Em coletiva à imprensa, Luciana Bachir, responsável pela DIG e o delegado da Seccional, Marcelo Carriel, deram informações sobre o depoimento do acusado. Ele foi indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte).

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Na versão dada à polícia o agressor disse “que encontrou a jovem num ponto de ônibus e que após conversarem ambos decidiram caminhar de mãos dadas. Ao chegar próximo ao Rio Sorocaba os dois tiveram uma discussão. Na ocasião, a jovem decidiu ficar perto do rio, enquanto ele seguiu para outro sentido.”

Questionado porque fugiu para São Paulo, ele explicou “que soube por meio da imprensa que a jovem estava morta. Como estava de ‘saidinha’ do Dia das Mães teve receio de ser acusado da morte, então, decidiu romper a tornozeleira e ir até São Paulo.”

O celular da vítima foi encontrado em uma feira, na cidade de Cotia. Porém a pessoa que estava com ele não reconheceu o agressor. “O aparelho foi passando para várias pessoas, mas ainda estamos em investigação”, informou Luciane Bachir.

Paulo vai responder por latrocínio (roubo seguido de morte), pois os pertences de Rafaela não estavam com ela quando o corpo da vítima foi encontrado.

 Prisão

O homem foi preso no dia 30 de maio, na Vila Maria, em São Paulo, durante patrulhamento de rotina da Polícia Militar (PM), na Vila Maria. Ele admitiu aos policiais que discutiu com a vítima, mas não a matou e, ao ver a própria foto sendo compartilhada nas redes sociais, decidiu fugir de Sorocaba para a capital.

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Paulo César Manoel nas fotos divulgadas pela Polícia Militar nesta noite de quinta-feira, no momento em que foi capturado / Foto: PM/divulgação

O agressor foi abordado por volta das 18 horas, na rua Curuçá. Ao consultar o documento de identidade dele, os PMs constataram que ele estava foragido da Justiça, além de ser acusado pelo assassinato de Rafaela. Ele foi conduzido ao 72º Distrito Policial na capital.

Após a realização dos procedimentos para formalização da prisão, Manoel foi reconduzido até a Penitenciária II – “Dr. Antonio de Souza Netto”, em Aparecidinha.

Paulo César Manoel era detento em regime semiaberto. Câmeras de segurança registraram o momento em que a jovem foi abordada e feita refém pelo criminoso. O criminoso abordou a vítima num ponto de ônibus, na rua Paula Santos, na região central, na noite de domingo (26).

Imagens ainda mostram o criminoso caminhando e segurando a jovem pelo braço, na pista de caminhada da avenida Dom Aguirre, às margens do Rio Sorocaba. Toda a ação dura menos de meia hora. Logo após deixar a vítima à beira-rio, o agressor é visto pela ultima vez caminhando sozinho subindo pela rua do Terminal São Paulo.

Segundo o delegado Marcelo Carriel, longe da vista das câmeras, Rafaela teria tentado lutar contra seu agressor e neste momento, ao que tudo indica, ele teria esganado-a e a jogado desmaiada no rio. A jovem, apesar de estar desfalecida, ainda respirava e foi encontrada água em seu pulmão, por isso o laudo apresentado demonstrou que a causa da morte seria por afogamento.

 Regime semiaberto e saidinha

Por “bom comportamento” na cadeia, o criminoso cumpria parte da pena por atentado violento ao pudor (estupro) em regime semiaberto. Além disso, havia recebido o benefício chamado de “saidinha de Dia das Mães”, na sexta-feira do dia 24 de maio, da Penitenciária “Dr. Antonio de Souza Netto”, em Aparecidinha.

Ele deveria retornar à prisão na segunda (27). Mas antes disso, na mesma segunda, na pensão que ele se instalou para ficar fora da cadeia, ele cortou a tornozeleira eletrônica que o rastreia e fugiu. O dinheiro com que ele pagou a hospedagem foi paga de seu próprio bolso por meio do auxílio-detento.

O criminoso tem passagens por furto, roubo e estupro. “São 25 anos de condenação, uma ficha policial extensa e foi beneficiado pela lei.”

Ainda de acordo com informações da polícia o criminoso foi identificado por meio de um conjunto de provas como: imagens de câmeras de segurança e trabalho de inteligência policial.

A morte de Rafaela

O corpo de Rafaela foi encontrado no fim da tarde de segunda-feira (27 de maio), no rio Sorocaba. A jovem, moradora de Votorantim, desapareceu após sair de casa para prestar vestibular. Seu corpo foi encontrado por pedestres no rio Sorocaba, próximo à avenida Nogueira Padilha. Bombeiros resgataram o corpo.

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Rafaela de Campos, a vítima, estudante, havia ido fazer um vestibular no dia em que foi assassinada. Ela tinha 19 anos. Foto: reprodução/Facebook

Rafaela havia saído de casa no domingo (26), pela manhã, para prestar vestibular em uma faculdade localizada no Centro de Sorocaba e depois disso não deu mais notícias à família.

A faculdade Esamc, em nota oficial, informou “que a jovem Rafaela de Campos prestou vestibular nesta instituição de ensino no último domingo, dia 26 de maio, tendo saído das instalações por volta das 18h25. Com muita tristeza, solidarizamo-nos com os familiares e amigos de Rafaela. Colocamo-nos à disposição para o fornecimento de todas as informações possíveis, que porventura colaborem com as investigações e solução do caso”.

Câmeras de segurança registraram a jovem caminhando por várias ruas do Centro por volta das 18h30. Segundo a Polícia Civil, o laudo demonstrou que a causa da morte de Rafaela seria afogamento.

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Foto: reprodução/Facebook

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