Em 2017, no dia 13 de dezembro, por meio do despacho de José Luiz Pena, Secretário da Cultura do Estado de São Paulo, designou a Organização Social “Abaçaí Cultura e Arte” como gerenciadora do “Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos de Tatuí”.
Na época a “Associação de Amigos do Conservatório de Tatuí“ também se manifestou como interessada em continuar gerenciando o conservatório. Ambas foram consideradas aptas, porém, segundo o “Parecer Técnico expedido pela Unidade de Formação Cultural e o Parecer Econômico-Financeiro expedido pela Unidade de Monitoramento, ambas as Organizações Sociais “ todavia a “Abaçaí Cultura e Arte” foi a escolhida.
Pois bem, em 2020, antes do contrato terminar, a Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado publicou, no dia 5 de novembro, o edital para credenciamento de uma OS para a Gestão do Conservatório em substituição a Abaçaí.
Mas por que? O que seria? Falta de recursos? Problemas na gerência do equipamento? A Secretaria responde: “Trata-se de uma medida preventiva, em razão de abertura de procedimento administrativo interno em face da atual gestora do Conservatório, ainda não finalizado.” A Abaçaí responde que o problema foi que durante 2020 não fez a captação.
No meio disso tudo estão os artistas, as artes de uma região.
Os artistas foram informados que a Organização Social SUSTENIDOS, que poderá vir a assumir a administração do conservatório, apresentou um plano com fortes impactos aos trabalhos que estão sendo realizados no Conservatório Dramático de Tatuí.
Como assim acabar com os cursos de teatro?
Como extinguir o único de Cenografia da Região?
Como acabar com bandas e grupos musicais únicos?
Não é preciso de dizer e nem lembrar que o Conservatório de Tatuí é um orgulho para a Região Metropolitana de Sorocaba. É urgente que a sociedade civil, os nossos representantes estaduais e federais se movimentem e protejam a cultura da região.
Basta de espalhar cortes e mais cortes e nenhum investimento na Cultura da RMS.
Basta de desmontes na Cultura da Região Metropolita de Sorocaba.
Basta!
José Simões é professor e crítico teatral