Por Cristiane Carvalho
Funcionários das unidades dos Caps Leste e da Vila Progresso (Centro de Atenção Psicossocial) e das Residências Terapêuticas de Sorocaba decidiram entrar em greve por atraso nos salários. Com a paralisação, mais de mil pacientes ficarão sem atendimento.
O analista administrativo que atua na Associação Paulista de Gestão Pública (APGP), a Organização Social de Saúde (OSS), responsável pela administração dos Caps, Luiz Fernando, disse que, mensalmente, o pagamento ocorre com atraso. Neste mês, os funcionários deveriam receber na terça-feira (9), mas, até o momento, o recurso não foi liberado. Essa situação vem se repetindo há três anos.
A greve atinge cerca de 150 profissionais da APGP, que atendem a mais de 800 pacientes por mês. Há 1.090 cadastrados nos programas oferecidos pelos Caps. Conforme Fernando, além do salário atrasado, há atraso nos vales transporte e alimentação, e nos depósitos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Segundo o SindSaúde, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Sorocaba e Região, todos funcionários que atuam nas unidades Leste e Oeste e outros 100 das Residências Terapêuticas participam da greve. “Estamos insistentemente tentando uma negociação junto à Prefeitura de Sorocaba, para que a situação seja normalizada”, afirmou o presidente da instituição, Milton Sanches.
A Prefeitura de Sorocaba foi questionada, mas até o momento não se posicionou sobre o problema.
Caps
Os Caps são portas de entrada para o atendimento na área de Saúde Mental dentro da Secretaria de Saúde (SES) e trabalham em regime de porta aberta, com a função de acolhimento e tratamento dos pacientes.
O usuário que procura o Caps é acolhido e participa da elaboração de um Projeto Terapêutico Individual específico para as suas necessidades e demandas.